Amanhã, 11 de fevereiro, assinala-se o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai celebrar a data com o trabalho, de professoras e investigadoras, no combate à pandemia.

O trabalho científico no Centro de Testagem Covid-19 da UTAD está nas mãos de uma equipa de 10 mulheres e desde a sua entrada em funcionamento a 4 de maio de 2020, já foram analisados mais de 70 mil testes PCR.

De acordo com a instituição de ensino, Maria Filomena Adega, Paula Martins-Lopes e Raquel Chaves, professoras da área da genética, têm sido “as traves-mestras” deste centro, que “desde o primeiro momento que estas mulheres se voluntariaram para ajudar a combater o vírus que, em 2020, paralisou o mundo”.

Na mesma nota é revelado que foi em pleno confinamento que estas profissionais entraram em contacto com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e conseguiram estabelecer o primeiro protocolo para fazerem as análises na UTAD.

Em apenas um dia foram analisadas 500 amostras. “A intensidade do trabalho científico condicionou as suas vidas pessoais e familiares. Por isso, durante mais de um ano abdicaram das suas férias, faltaram às épocas festivas e adiaram os compromissos sociais em nome dessa causa maior”, conta a UTAD em comunicado.

Posteriormente, com o aumento de casos, foi realizado um investimento no equipamento laboratorial que permitiu aumentar a eficácia e a celeridade do processo de análise. Ou seja, enquanto que no início eram analisadas 94 amostras em seis horas, agora o mesmo número de amostras é analisado em menos de duas horas.

No Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, a UTAD vai ainda apresentar o ‘Cdots Biosensing COVID19’, um biossensor (teste) distinguido com o prémio Manuel António da Mota e cujo processo de certificação europeia está a ser ultimado. Esta apresentação tem hora marcada para as 9h30 no Edifício dos Blocos Laboratoriais (campus da UTAD).

Jornalista: Rita Teixeira

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