Na próxima segunda-feira, regressam as aulas presenciais para os alunos de 11º e 12º ano que vão ter as disciplinas de exame nacional com algumas regras de higiene e segurança impostas pela Direção-Geral de Saúde. Em Mirandela, estão abrangidos 323 alunos, distribuídos pela escola secundária, EPA – Escola Profissional de Agricultura de Carvalhais – e a Esproarte – Escola Profissional de Arte de Mirandela.

Esta semana, as direções das escolas têm andado numa verdadeira corrida contra o tempo, para conseguirem colocar no terreno todas as exigências do Ministério da Educação e da DGS e os assistentes operacionais já receberam formação técnica por parte das Forças Armadas sobre normas de higienização.

A escola secundária vai receber 229 alunos e o diretor do agrupamento de Escolas de Mirandela, Vítor Esteves, diz estar tudo pronto para cumprir todas as normas de higiene e segurança.

“Temos uma mancha horária com a cobertura de todas as manhãs e duas tardes, que serão às terças e quintas, os alunos não têm aulas de manhã e de tarde, ou seja, só têm de manhã ou só têm de tarde. Vão ter aulas espaçadas pelos vários blocos, por exemplo, o bloco 1 terá duas turmas, uma vai funcionar no primeiro andar e outra no rés-do-chão com duas entradas autónomas. O mesmo acontecerá nos restantes blocos. São estabelecidos os corredores de circulação dos alunos para não se poderem encontrar. Há intervalos de apenas cinco minutos. O começo das aulas será das 08,30 até às 13,00 horas, e durante a tarde com início às 13,30 e saída às 17.05 horas e a salas não terão mais de 12, 13 alunos”, revela.

Vítor Esteves avança ainda outras regras que vão ser implementadas durante este período de aulas presenciais: “Não há bar, não há polivalente nem espaços de convívio, quando muito os alunos que queiram sair no intervalo, por qualquer razão, terão um espaço exterior próprio para garantir a distância de segurança de dois metros. Por todos os blocos estão distribuídos dispensadores de produtos de higienização das mãos à base de álcool e gel, estão afixadas as normas de lavagens das mãos, está distribuída aos assistentes operacionais o funcionamento das limpezas das casas de banho e de desinfeção de salas, pelo que está tudo de acordo com as normas da DGS”. Refira-se que, esta tarde, está programada, em articulação com o Município de Mirandela, a desinfeção de 28 salas da escola secundária. Na EPA de Carvalhais, vão regressar 40 alunos de 12º ano, dado que os de 11º já tinham terminado o ano letivo. O diretor, Manuel Taveira, revela que todos os alunos vão ficar na residência da escola. “Como grande parte dos nossos alunos são de fora, vão ficar aqui na escola, um em cada quarto, sempre que possível, e não vão ter necessidade de transportes escolares. Uma turma vai ter aulas no auditório e outra turma na biblioteca. Também organizamos o refeitório no sentido de manter as distâncias recomendadas”, conta.

Já a Esproarte, que tem o ensino artístico e profissional, as aulas para os 54 alunos de 11º e 12º ano só vão recomeçar no dia 26 de maio, dado que o calendário escolar é diferente terminando mais tarde. O diretor pedagógico explica como está a ser preparado o regresso. “Vamos retomar, para além do ensino regular, as aulas de instrumento, um aluno, um professor, pelo que estamos a articular com a associação das escolas profissionais de música e com o Município para acautelar todos os pormenores e porque terminamos as aulas muito mais tarde, tudo indica que vamos começar esse processo no dia 26 de maio. São 54 alunos distribuídos pelas salas de aula das nossas instalações no antigo edifício do Instituto Piaget”, adianta José Francisco Dias.

Entretanto, se para os educadores e assistentes operacionais das creches, que também vão reabrir na segunda-feira, estão ser feitos testes para a Covid-19, o mesmo não está previsto para os professores e assistentes operacionais do ensino secundário. “Não há comunicação oficial para nenhuma escola do país da implementação dos testes. Talvez a DGS esteja a analisar essa situação. Da minha parte, achava útil mas não decido essas questões”, conclui Vítor Esteves.

Os diretores das escolas garantem que já receberam equipamento de proteção individual para professores, assistentes operacionais e alunos, suficiente pelo menos para os primeiros dias, estando prometidas novas remessas de material. Como os horários só começaram a ser dados a conhecer aos alunos e encarregados de educação, esta quinta-feira, ainda não há muitas indicações sobre o número de alunos que eventualmente não estejam dispostos a regressar às aulas presenciais. Jornalista: Fernando Pires

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