Uma mulher acusada do homicídio do filho autista começou a ser julgada esta terça-feira em Mirandela por um tribunal de júri, em que a decisão caberá a três juízes e quatro cidadãos.

“Quero falar, mas não agora”. Foi esta a resposta de Fátima Martinho, esta manhã, quando questionada pelo presidente do coletivo de juízes se pretendia falar sobre a acusação do Ministério Público de que terá premeditado a morte do filho, autista, no verão do ano passado, com um potente medicamento antipsicótico antes de o empurrar para um poço, onde era suposto afogar-se sozinho.

Mas, quando se apercebeu de que Eduardo José (filho), de 17 anos, se mantinha à tona da água, “não hesitou em descer e, com as mãos e os pés, afogou-o”, refere a acusação. É por estes factos, cometidos em julho do ano passado, na aldeia de Cabanelas, Mirandela, que a mulher é acusada do crime de homicídio qualificado.

A primeira sessão do julgamento está a decorrer no Tribunal Judicial de Mirandela e durante a manhã foram ouvidos os soldados da GNR que tomaram conta da ocorrência.

Todos confirmaram que no dia dos factos, a mulher telefonou para a GNR de Mirandela afirmando: “Venham depressa a Cabanelas que eu matei o meu filho, afoguei-o num poço”.

O julgamento ainda decorre, esta tarde, e tem a particularidade de ser julgado por um tribunal de júri – três juízes que constituem o tribunal coletivo e por quatro jurados – depois de ter sido aceite o requerimento interposto pela defesa.

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Foto: Octavio Passos/Global Imagens

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