O Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (CITAB-UTAD), em parceria com o GreenUPorto e o Centro de Investigação em Química (CIQ-FCUP) desenvolveram uma patente que permite criar um pesticida “ecofriendly” (amigo do ambiente), um pesticida que promete ser mais sustentável e menos tóxico para o meio ambiente.

A pensar na saúde dos consumidores de produtos agrícolas e do ambiente, o CITAB-UTAD em parceria com o GreenUPorto e o CIQ-FCUP criou uma patente que permite desenvolver “pesticidas mais sustentáveis e menos tóxicos para o meio ambiente”.

“Os nanopesticidas que contêm o princípio ativo glifosato foram mais eficazes a controlar espécies-modelo de ervas daninhas em comparação com os pesticidas convencionais que podem ser encontrados à venda em loja de produtos agrícolas”, explicam Amélia Silva e Tatiana Andreani, investigadoras do CITAB.

Esta nova receita já foi testada em plantas e modelos animais e consiste na “encapsulação de ingredientes ativos de pesticidas utilizando nanomateriais sintetizados à base de lípidos e sílica” revelam as investigadoras, acrescentando que, os compostos “são considerados seguros e biodegradáveis e não há, neste momento, nenhum produto comercializado nestes moldes”.

Os estudos experimentais com estes nanopesticidas ainda estão no início, contudo, a avaliação do seu efeito em espécies não-alvo demonstrou que, a formação, “foi segura para plantas como a alface, invertebrados, alguns microorganismos presentes no solo e ainda para vários modelos de células humanas, não apresentando toxicidade nas doses eficazes”.

Com a utilização desta nova formulação a indústria poderá, também, sair beneficiada, “uma vez que passa a ter um aliado ‘ecofriendly’ que ajuda a poupar em princípio ativo e a aumentar a eficácia da sua aplicação”, avançam as especialistas do CITAB em Farmacologia e Toxicologia..

Constituída por Amélia Silva (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), Tatiana Andreani, Ruth Pereira e Carlos Pereira, (Universidade do Porto), a equipa de investigação quer ainda testar a aplicação desta fórmula em outras espécies daninhas e outras não-alvo para que se possa fazer uma avaliação mais precisa dos efeitos.

Os estudos que sustentam esta patente focam-se na encapsulação de herbicidas, mas perante a versatilidade desta formulação, outros tipos de ingredientes ativos podem ser nanoencapsulados, nomeadamente inseticidas e fungicidas.

“A toxicidade de pesticidas pode ser reduzida quando estes se inserem em sistemas nanoencapsulados, já que os nanomateriais podem oferecer uma libertação mais controlada e direcionada do ingrediente ativo às espécies-alvo e menos acumulação em solos, superfícies aquáticas e produtos agrícolas protegendo o ambiente e as espécies não-alvo”, concluíram as investigadoras do CITAB.

Este registo de patente é um exemplo do trabalho que está a ser desenvolvido pelo Inov4Agro, o Laboratório Associado que resultou do consórcio liderado pelo Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, juntamente com o Centro de Investigação em Produção Agroalimentar Sustentável (GreenUPorto), da Universidade do Porto. Esta parceria tem como principal objetivo apoiar a transição do sector agrícola para a sustentabilidade.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: CITAB-UTAD

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