As aldeias transmontanas de Paradela, no concelho de Miranda do Douro, e Urrós, no concelho de Mogadouro, estão em destaque na edição de 2025 do calendário do Grupo Driver, que ilustra localidades em risco de despovoamento na Península Ibérica.
O Grupo Driver, rede de oficinas especializadas em pneus e serviços rápidos de mecânica automóvel, lançou em Portugal um projeto inovador que pretende dar visibilidade a aldeias ameaçadas pela desertificação populacional e valorizar as comunidades que nelas resistem.
No âmbito desta iniciativa, o Grupo publica anualmente um calendário que promove doze localidades severamente afetadas pelo declínio populacional. Pela primeira vez, a edição de 2025 integra seis aldeias portuguesas, entre elas Paradela, em Miranda do Douro, no mês de abril, e Urrós, concelho de Mogadouro, em outubro.
O projeto, que há seis anos se dedicava apenas a comunidades espanholas sob o título “Calendário da Espanha Vazia”, passa agora a incluir também aldeias portuguesas. Esta expansão alinha-se com o posicionamento do Grupo Driver, que desde 2023 tem vindo a consolidar a sua presença em Portugal, onde conta atualmente com 16 oficinas distribuídas por várias regiões.
A edição de 2025 destaca, ao longo dos 12 meses, seis aldeias de Portugal e seis de Espanha, com o objetivo de dar a conhecer as suas histórias, tradições e o seu património rural. As aldeias portuguesas selecionadas foram Monsanto (Alcanena), Paradela (Miranda do Douro), Queiriga (Vila Nova de Paiva), Talasnal (Lousã), Urrós (Mogadouro) e Monsanto (Idanha-a-Nova). Já do lado espanhol figuram localidades como Gotarrendura (Ávila), Benatae (Jaén) e Tírvia (Lleida).
Inspirado no lendário Calendário Pirelli, parceiro oficial do Grupo Driver, o projeto pretende também impulsionar o turismo rural e alertar para o problema do despovoamento, que afeta cada vez mais o interior de Portugal. José Ramón Arnó, responsável do Grupo Driver, sublinha que “nesta sexta edição do Calendário decidimos incluir também municípios de Portugal, pois o país enfrenta desafios semelhantes de despovoamento. Queremos dar protagonismo a estas localidades e apoiar os seus habitantes, que são os verdadeiros guardiões das suas terras.”
Através do site oficial do projeto, é possível descarregar e imprimir o calendário, bem como candidatar outras localidades para futuras edições. Nas redes sociais, a iniciativa convida os utilizadores a partilhar imagens com a hashtag #CalendarioPortugalVazio.
O calendário procura, assim, não só sensibilizar para a preservação destas comunidades, como também incentivar novas formas de turismo e até o repovoamento de aldeias em risco de desaparecer.
Jornalista: Lara Torrado
