O Festival N2 deu ontem início à sua 7.ª edição com uma noite onde o rock assumiu o protagonismo e o conceito de viagem voltou a ser celebrado como metáfora cultural, afetiva e sonora.
No Jardim Público de Chaves, ao quilómetro zero da lendária Estrada Nacional 2, o primeiro dia do evento confirmou a identidade singular deste festival, com uma programação que cruzou liberdade criativa, diversidade artística e envolvimento comunitário.
A abertura coube à jovem cantora vila-realense Margarida, que trouxe ao Palco N2 um concerto intimista, onde canções de autor revelaram a autenticidade de uma nova geração da música portuguesa. O ambiente rapidamente ganhou intensidade com o DJ set de Nuno Calado, que preparou o público para o momento mais esperado da noite: o regresso de Mão Morta a Chaves, com o espetáculo “Viva la Muerte”, num concerto denso, energético e intergeracional. A encerrar a noite, os Club Makumba fundiram ritmos e guitarras para transformar a habitual tranquilidade de uma quinta-feira num convite à dança.
Com entrada livre, o Festival N2 volta a destacar-se pela sua aposta num cartaz plural e segmentado, que ao longo de três dias junta nomes consagrados da música nacional a vozes emergentes. Esta edição reforça também a experiência global do público, com melhorias na área de restauração e maior diversidade gastronómica, promovendo o espaço como ponto de encontro e convivência.
Para além da música, o festival assume-se como um tributo ao território e à simbologia da estrada. Com dois palcos, o Palco N2 e o Palco Paragem, dedicado a talentos locais, o evento reforça a ligação entre criação artística e identidade regional, projetando Chaves como ponto de partida de uma viagem que é tanto física como emocional.
Promovido pelo Município de Chaves e produzido pela INDIEROR, o Festival N2 decorre até 2 de agosto, com o apoio da Antena 3 como media sponsor oficial. Mais do que um festival, é uma travessia sonora pela alma de um país.










A Redação
Fotos: Maique Madeira