O incêndio que deflagrou na passada sexta-feira, 15 de agosto, em Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, continua ativo esta segunda-feira. Segundo dados atualizados às 10h24, estão mobilizados no terreno 368 operacionais, apoiados por 120 meios terrestres e 4 meios aéreos, numa operação ainda considerada “em curso” pelas autoridades.

O fogo, que teve início às 13h17 de sexta-feira e levou ao primeiro despacho de alerta poucos minutos depois, continua a lavrar numa zona de difícil acesso, fortemente condicionada pela orografia acidentada e pelas condições meteorológicas adversas, que têm dificultado as ações de combate. As chamas já consumiram uma vasta área de floresta e terrenos agrícolas, atingindo também os concelhos vizinhos de Torre de Moncorvo e Mogadouro.

“Ficámos muito mais pobres, isso ninguém duvide”. Em comunicado publicado no domingo, 17 de agosto, Edgar Gata, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta (AHBVFEC), descreveu o cenário desolador após uma ronda de reconhecimento: “Hoje de manhã fui dar uma volta de reconhecimento dos resultados da desgraça que se abateu sobre uma parte significativa do nosso concelho e que chegou aos concelhos vizinhos de Moncorvo e Mogadouro. Fui até Mazouco. Que dizer? Tudo ardido e basta isso para retratar a realidade.”

O responsável sublinhou o impacto ecológico e emocional da tragédia: “Freixo irreconhecível ao levantarem as nuvens de fumo que têm escondido a dimensão da tragédia. Ficámos muito mais pobres, isso ninguém duvide. A nossa floresta mais uma vez praticamente perdida. A vista sublime das encostas do rio por Mazouco possivelmente perdida por largos anos.”

Num apelo à união da comunidade, Edgar Gata deixou uma mensagem de esperança e gratidão: “Vamos ter que ter muita força para não desistirmos da nossa terra e passar esse amor por Freixo aos nossos filhos e netos (…). Obrigatória uma palavra de imensa gratidão aos nossos bombeiros pelo que fizeram e puderam fazer.”

As autoridades continuam a apelar à colaboração da população e alertam para o perigo de reacendimentos, sobretudo nas zonas de mato mais denso. O combate ao incêndio prossegue com prioridade na defesa de habitações e áreas de elevado valor ambiental.

Jornalista: Vitória Botelho

Foto: AHBVFEC

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