O incêndio que desde o início da semana tem afetado a região de Chaves voltou a ganhar intensidade esta tarde, depois de ter sido dado como controlado durante a manhã. Impulsionadas por fortes rajadas de vento, as chamas reacenderam com violência, colocando novamente os bombeiros em alerta máximo.
Na zona industrial do Alto da Cocanha, o fogo atingiu uma sucata e uma gráfica, onde o material inflamável armazenado facilitou a rápida propagação das chamas. Um armazém de lenha foi completamente consumido pelas chamas. A intensidade do incêndio chegou a atravessar a A24, obrigando ao corte total da circulação e ao encerramento de várias outras vias secundárias na região.
O parque empresarial de Chaves voltou a estar sob ameaça direta, forçando a mobilização urgente de reforços. Apesar da rápida intervenção, os bombeiros continuam a enfrentar dificuldades no controlo das três frentes ativas, num cenário agravado pelas condições meteorológicas adversas e pelo terreno seco.
Uma nova frente de fogo atingiu novamente a aldeia de Bustelo, onde já tinham ardido, durante a manhã, três casas desabitadas e um armazém agrícola. A população local voltou a viver momentos de grande aflição, com evacuações e cortes de acesso a várias zonas, impedindo o regresso de residentes às suas habitações.
Neste momento, o incêndio mantém três frentes ativas e já terá consumido cerca de 5.000 hectares de floresta, mato e terrenos agrícolas. No terreno permanecem 500 operacionais apoiados por 159 viaturas, numa noite que se antevê longa e desafiante para os meios de combate.
A Redação,
Fotos:DR




