A região do Douro voltou a destacar-se como palco de uma grande produção audiovisual nacional. A segunda temporada da série “Rabo de Peixe”, prestes a estrear na Netflix, contou com várias filmagens realizadas em território duriense, onde o ator José Condessa esteve recentemente para concluir os trabalhos. As gravações terminaram esta semana em solo nacional. As paisagens do Douro, com particular destaque para o período das vindimas, assumiram um papel central na narrativa da nova temporada. Mais do que simples pano de fundo, a envolvência vinícola da região foi integrada como elemento estruturante do enredo, reforçando a autenticidade e a ligação à cultura local.
Nas redes sociais, o ator partilhou uma sentida mensagem sobre a experiência vivida no território duriense, onde diz ter reencontrado o seu “amor à profissão” e a essência daquilo que o move como artista. “Depois de alguns meses fora, voltei a Portugal para me sentir mais que em casa. Redescobri recantos, impulsos e âncoras como ator”, escreveu José Condessa, destacando o impacto emocional e profissional de ter gravado no Douro. “Esta Vindima foi uma aventura que antes de ter começado já me coçava por dentro” confidenciou.
O projeto conta com a realização de Luís Galvão Teles e é inspirado num dos grandes textos de Miguel Torga, autor que tantas vezes escreveu sobre o Douro e os seus homens. “Desde a primeira conversa com o senhor Luís Galvão Teles na Bénard senti que me realizava ao trabalhar com um dos maiores, num dos maiores textos do Torga”, confessou o ator, referindo-se à ligação profunda entre a obra literária e a paisagem duriense.
As gravações foram marcadas pela forte ligação entre a equipa técnica, elenco e a comunidade local. José Condessa agradeceu aos vindimadores que participaram no projeto, enaltecendo a sua entrega e autenticidade. “Aos vindimadores, não esquecerei o vosso/nosso amor, os olhos nos olhos, esforço e dedicação que fizeram de nós um grupo real, com conteúdo e história que a câmara adorava apontasse para onde apontasse.”
Além das gravações, houve tempo para viver a região. Noites de cinema ao ar livre, churrascos, acampamentos e até corridas de karts ajudaram a criar um ambiente de verdadeira comunhão entre os participantes. “Isto de vivermos, literalmente, juntos durante semanas é uma receita perfeita para o entrosamento de uma equipa”, partilhou.
O Douro, com as suas encostas, vinhas, autenticidade e arte de bem receber, revelou-se mais uma vez um cenário de excelência para o cinema nacional. Este projeto, que contou com a presença de José Condessa e de uma equipa artística de renome, promete dar visibilidade à beleza e à força humana da região.
A comunidade local aguarda agora com expectativa a estreia da produção, que será mais um contributo para afirmar o Douro como destino de cultura e identidade portuguesa.



