A Região Norte vai receber um investimento global de mais de 220 milhões de euros na área da Saúde, no âmbito do Programa Regional NORTE 2030, sendo 83,4 milhões financiados pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
O anúncio foi feito esta segunda-feira, 3 de novembro, no Aquanatur Palace, em Chaves, durante a sessão “NORTE 2030 – Saúde Mais a Norte”, promovida pela CCDR-NORTE, que apresentou o balanço das estratégias e dos investimentos em curso no setor da saúde.
A sessão contou com a presença da Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, que sublinhou “a visão descentralizadora do Governo na área da Saúde”, destacando que “o investimento representa mais do que números, representa esperança”.
O investimento está distribuído por três grandes eixos: Qualificação da rede regional de serviços de saúde hospitais, centros de saúde e IPO, com um investimento total de 171,4 milhões de euros, dos quais 57,5 milhões são financiados pelo FEDER; Investimento empresarial nas ciências da vida e saúde, no valor de 45 milhões de euros, com 22 milhões de apoio europeu; Projetos públicos de investigação e ensino superior, que somam 4 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões são comparticipados por fundos comunitários.
De acordo com o Presidente da CCDR-NORTE, António Cunha, “a Saúde é uma das áreas em que o investimento público mais diretamente melhora a vida das pessoas”.
“Estes projetos traduzem a ambição do NORTE 2030 em garantir uma rede hospitalar e de cuidados primários moderna, próxima e equipada para responder aos desafios do futuro”, afirmou.
PROJETOS ESTRATÉGICOS EM HOSPITAIS E CUIDADOS PRIMÁRIOS
Entre as operações já aprovadas, destaca-se o Centro Nacional de Protonterapia, que ficará instalado no IPO do Porto, a primeira unidade do género em Portugal.
Outros investimentos incluem intervenções de modernização e ampliação em várias Unidades Locais de Saúde (ULS) da região: ULS do Alto Ave: ampliação da unidade de cirurgia de ambulatório; ULS do Tâmega e Sousa: aumento da capacidade de internamento em 200 camas; ULS de São João (Porto): requalificação da Imagiologia, modernização dos blocos de Estomatologia e Oftalmologia e aquisição de equipamentos de cirurgia robótica; ULS de Braga, Barcelos/Esposende, Gaia/Espinho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Nordeste e Entre Douro e Vouga: intervenções diversas em blocos operatórios, serviços de urgência e áreas de diagnóstico avançado.
Também os centros de saúde e extensões de cuidados primários beneficiam deste pacote de investimento. Estão em curso obras de requalificação e ampliação em unidades como as de Vila Pouca de Aguiar, Carrazedo de Montenegro, Vilarandelo e Peroselo (Penafiel), entre outras, reforçando a proximidade e qualidade dos cuidados de saúde.
Durante o evento, o Vogal Executivo do NORTE 2030, Júlio Pereira, apresentou a programação e financiamento do setor, enquanto Fernando Pereira, da Direção Executiva do SNS, destacou “a capacidade de trabalho em rede e de concretização de projetos estruturantes na Região Norte”.
“É aqui que encontramos os melhores resultados na Saúde e uma cultura de cooperação consolidada. ‘Mais a Norte’ simboliza precisamente isso: o papel exemplar que esta região tem vindo a assumir para o resto do país”, afirmou.
A cerimónia ficou ainda marcada pela assinatura de um protocolo para a criação da Rede Temática Regional para a Saúde Pública e Cuidados Assistenciais do Norte de Portugal, envolvendo a CCDR-NORTE e as ULS da região, com futura adesão da Direção Executiva do SNS e da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
A Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, destacou o caráter simbólico e estruturante deste investimento:
“A visão do Governo é clara, iniciar a descentralização também na saúde, através das CCDRs. Este investimento representa inovação, qualidade e esperança, com exemplos concretos como a instalação da primeira unidade de protonterapia em Portugal.”
O Programa NORTE 2030 reafirma, assim, o seu compromisso com uma região mais coesa, competitiva e saudável, colocando os fundos europeus ao serviço das pessoas e reforçando o papel das instituições públicas de saúde como pilares do desenvolvimento regional e social do Norte do país.
A Redação,
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