Esta sexta-feira (7) marca o encerramento do prazo para a entrega das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) e o fim das audições na especialidade no Parlamento. Os partidos têm até às 18h00 para apresentar as suas sugestões de mudança ao documento entregue pelo Governo a 9 de outubro.

Até quinta-feira à noite (6), já tinham dado entrada na Assembleia da República cerca de 1.100 propostas, menos 300 do que no mesmo ponto do processo relativo ao orçamento anterior.

O Chega lidera em número de iniciativas, com 351 propostas apresentadas, embora abaixo das 600 prometidas por André Ventura. Entre as medidas sugeridas estão a redução de dois pontos percentuais na derrama estadual do IRC e um aumento permanente de 1,5% nas pensões. O partido também manifestou abertura para negociar com outras forças políticas uma subida permanente das pensões, à semelhança do que aconteceu em 2024, quando o Parlamento aprovou um aumento extraordinário de 1,25% proposto pelo PS.

O PS, por sua vez, ainda não apresentou propostas formais, reservando-as para o último dia. O secretário-geral socialista já revelou a intenção de destinar o excedente orçamental da Segurança Social ao aumento permanente das pensões mais baixas, uma medida rejeitada pelo Governo, além de propor a utilização de receitas adicionais do ISP para baixar o IVA de bens alimentares essenciais.

A Iniciativa Liberal entregou 84 propostas, centradas sobretudo em questões fiscais. Defende o fim do adicional ao IMI, conhecido como “imposto Mortágua”, a redução do IRC para 18% e a descida do IVA na construção para 6%.

O Livre apresentou 140 iniciativas, entre elas a redução da taxa máxima de IVA de 23% para 21%, o aumento gradual do salário mínimo para 1.250 euros até 2029 e a implementação da semana laboral de quatro dias.

O PCP, com mais de 250 propostas, propõe uma valorização permanente das pensões em 5% e o aumento do salário mínimo para 1.050 euros, além de medidas para aliviar a carga fiscal sobre pequenas empresas e famílias com rendimentos mais baixos.

O Bloco de Esquerda quer criar um fundo de apoio aos municípios das seis barragens vendidas pela EDP, financiado com impostos pagos pela elétrica. Já o PAN propôs a criação de cooperativas habitacionais e a redução do IVA em produtos de saúde e alimentação animal.

Entre os partidos regionais, o JPP apresentou uma única proposta para adaptar o regime TVDE às regiões autónomas. Os três deputados do PSD-Madeira submeteram três medidas, incluindo a prorrogação do regime fiscal da Zona Franca da Madeira até 2033. PSD e CDS-PP apresentaram apenas duas propostas conjuntas, ambas destinadas a corrigir lapsos técnicos no documento.

Com o prazo a terminar, são esperadas novas iniciativas ao longo do dia, com várias bancadas a agendar conferências de imprensa para anunciar as últimas alterações.

Após esta fase, entre 20 e 26 de novembro, decorrerão as discussões e votações na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, com sessões plenárias de manhã e votações à tarde. A votação final global do Orçamento do Estado para 2026 está marcada para 27 de novembro.

No ano passado, o Parlamento bateu um recorde com 2.123 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025, um número que dificilmente será alcançado este ano.

Jornalista: Vitória Botelho

Foto: DR

Design sem nome (5)
Dizeres Populares TASTY ARREGUILAR OS OLHOS Mirandela Braganca 730x90px
Alheiras Angelina
Dizeres Populares BATATAS TAO ESTALADICAS Mirandela Braganca 730x90px
Dizeres Populares BIG MAC VAI NUM AI Mirandela Braganca 730x90px
IMG_9798
banner canal n
Banner Elisabete Fiseoterapia
Artigo anteriorFALECEU O PADRE FERNANDO GUERRA, UMA VIDA DEDICADA À FÉ E AO ENSINO
Próximo artigoVÍDEO: ROADSHOW EM VILA REAL ALIA O GOVERNO E A ORDEM DOS ADVOGADOS PELO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO