O Ministério Público abriu um inquérito após denúncia de um “aumento inexplicável” do número de eleitores na freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas de outubro. A investigação decorre no MP de Vila Real e está sujeita a segredo de justiça.
A denúncia foi apresentada pela candidatura autárquica do PS local, que alertou para um crescimento de cerca de 15% do recenseamento em menos de cinco meses. “Tivemos aqui um crescimento do recenseamento de mais de 15%”, afirmou José Silva, presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Vila Real. Segundo o responsável, a denúncia “não visou ninguém” e apenas registou o facto.
O alerta inicial sobre a anomalia veio do então presidente da Junta de Freguesia de Guiães, recandidato pelo PS, que acabou por perder as eleições por seis votos para o movimento independente “Unidos por Guiães”. Nas autárquicas votaram 453 eleitores em 660 inscritos, com o movimento a ganhar com 226 votos, contra 220 do PS.
A PGR confirmou igualmente a abertura de inquérito na União de Freguesias de Montalegre e Padroso, que recebeu 124 novos eleitores. A denúncia, feita por Sandra Batista, candidata do PSD, apontou para “alegadas irregularidades, moradas falsas e fraude eleitoral”, alertando para “a facilidade com que, em Portugal, se adulteram resultados eleitorais, principalmente nas autárquicas”.
Jornalista: Vitória Botelho com LUSA
Foto: DR



















