A presidente da Câmara Municipal de Bragança defendeu, este fim de semana, que a valorização do interior é uma componente essencial para o futuro de Portugal, sublinhando a capacidade de inovação, a proximidade às populações e a eficiência na gestão dos municípios fora dos grandes centros urbanos.
Intervindo no XXVII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu em Viana do Castelo, Isabel Ferreira afirmou que o interior concentra recursos estratégicos, património natural e cultural, capacidade produtiva e comunidades resilientes, que continuam a acreditar nos seus territórios apesar de décadas de assimetrias.
A autarca socialista sublinhou que a coesão territorial não se constrói apenas com discursos, mas exige políticas públicas consistentes, financiamento adequado e uma verdadeira descentralização de competências, acompanhada dos respetivos meios. Nesse sentido, defendeu o reforço do papel dos municípios como agentes centrais do desenvolvimento territorial, com decisões tomadas mais perto das populações e soluções ajustadas às realidades locais.
Entre as prioridades, Isabel Ferreira destacou a necessidade de garantir acessibilidades físicas e digitais, reforçar os serviços públicos de proximidade, nomeadamente nas áreas da saúde, educação e apoio social, e criar condições para a fixação de pessoas, sobretudo jovens e famílias, através de habitação acessível, emprego qualificado e qualidade de vida.
A presidente da Câmara de Bragança sublinhou ainda a importância de apoiar o tecido económico local, a agricultura, a floresta, a indústria e o turismo sustentável, promovendo cadeias de valor ancoradas no território. Defendeu igualmente um papel determinante da ANMP na afirmação da coesão territorial como prioridade nacional, considerando que investir no interior não é um custo, mas um investimento num futuro comum e numa condição essencial para o desenvolvimento sustentável do país.
Jornalista: Redação com Lusa
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