Vila Real e Santarém registaram recentemente novos casos de gripe das aves, elevando para 54 o total de focos confirmados em Portugal este ano, anunciou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Em Vila Real, a infeção foi detetada numa gaivota-de-patas-amarelas, enquanto em Santarém o foco ocorreu numa exploração comercial de galinhas poedeiras em Tomar. O subtipo identificado em ambos os casos é o H5N1, o mais comum no país.
Só no mês de dezembro foram confirmados 14 focos, quatro deles em Santarém, o que evidencia uma propagação significativa do vírus em território nacional. Apesar de a transmissão para humanos ser rara, a infeção pode provocar um quadro clínico grave quando ocorre, alertam as autoridades de saúde.
Para conter a disseminação da doença, a DGAV determinou o confinamento obrigatório das aves domésticas em todo o continente e proibiu a realização de feiras, mercados, exposições e concursos de aves de capoeira e aves em cativeiro. Nas zonas de proteção e vigilância, é igualmente interditada a circulação de aves, ovos para consumo humano, carne fresca e subprodutos de aves, bem como o repovoamento de espécies cinegéticas.
O caso de Vila Real sublinha a necessidade de atenção reforçada em Trás-os-Montes, região com grande presença de aves selvagens e pequenas explorações agrícolas, reforçando a importância da cooperação entre produtores, veterinários e autoridades locais para prevenir novos surtos.
A DGAV mantém o alerta ativo e recomenda que todos os proprietários de aves cumpram rigorosamente as medidas de biossegurança para proteger a saúde animal e pública.
A Redação com Lusa
Foto: DR



















