Em Vila Real, a Associação Antídoto tem sido um verdadeiro refúgio para quem procura recomeçar após anos de dependência e exclusão. No projeto “Vila Real com Abrigo”, cerca de duas dezenas de pessoas sem casa encontram apoio, acolhimento e uma nova oportunidade de vida.
São vários os utentes cujas histórias são marcadas pelo álcool e pelas drogas. Todos passaram por longos períodos de sofrimento, isolamento e perda, até chegarem ao abrigo transmontano, onde começaram finalmente a reconstruir o rumo das suas vidas.
A Antídoto nasceu em fevereiro de 2018, em Vila Real, e no ano seguinte transformou-se em comunidade terapêutica. Contudo, a pandemia de COVID-19 trouxe tempos difíceis. Sem poder receber residentes, a associação esteve em vias de fechar portas.
Com resiliência e vontade de continuar a servir quem mais precisa, a instituição reinventou-se e conseguiu afirmar-se como centro de dia especializado em comportamentos aditivos. Atualmente, é um espaço de recuperação e esperança para quem procura libertar-se da dependência e reencontrar dignidade e estabilidade.
A própria associação define a sua missão como sendo o apoio a famílias e indivíduos desprotegidos, vulgarmente chamados “descartáveis urbanos”. Desde o primeiro dia, a Antídoto tem procurado construir uma rede social sólida e promover a saúde em todas as suas dimensões. A sua atuação vai muito além do simples acolhimento: aposta na integração social e na articulação de políticas públicas que deem resposta às necessidades das populações mais vulneráveis. Fiéis a esta visão, subscrevem integralmente a Carta de Ottawa, documento fundador da promoção da saúde a nível global.
Mais do que um abrigo físico, a Antídoto tornou-se um porto seguro transmontano para quem acredita que nunca é tarde para recomeçar.
Jornalista: Vitória Botelho
Foto: Eduardo Pinto JN



















