Este sábado há eleições para os órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela e já se sabe antecipadamente que Adérito Gomes vai ser reeleito Provedor para os próximos 4 anos, dado que lidera a única lista presente a sufrágio.

Para o Provedor da Instituição, no cargo desde dezembro de 2014, o facto de ser o único candidato é sinal que os “Irmãos” da Santa Casa “estão satisfeitos com a gestão da atual direção”, sublinhando o facto de “o principal objetivo de consolidar as contas ter sido plenamente alcançado, devolvendo à Instituição a credibilidade que havia perdido, em especial junto dos fornecedores.”

Adérito Gomes refere ainda que “esta consolidação das contas e a diminuição da dívida de 7 para 4 milhões de euros” aconteceu num período “extremamente adverso”, devido à pandemia da Covid-19 que fez aumentar as despesas e diminuir as receitas, mas “com o apoio do Instituto da Segurança Social e muito rigor orçamental foi possível ter um resultado positivo, em 2020, de 150 mil euros”.

O Provedor acrescenta ter sido importante, “a implementação dos sistemas de controlo interno, durante os últimos sete anos, acabando com gastos supérfluos e com o desperdício” e tece rasgados elogios aos funcionários da instituição que em período de pandemia mostraram disponibilidade para efetuar turnos de 12 horas seguidas durante duas semanas “em prejuízo da vida familiar”.

Adérito Gomes adianta as razões para a sua equipa avançar para mais um mandato – que será o último por imposição dos estatutos – cujos cinco elementos efetivos são precisamente os mesmos da atual direção: “Não vemos razão nenhuma para abandonar o barco, até porque se as contas estão consolidadas, temos de ter consciência que a situação não é maravilhosa. Está equilibrada, mas para a manter assim, é necessário continuar a manter medidas, de modo a que as coisas não possam descambar de um momento para o outro. O que não seria difícil. O segundo motivo, é que todos nós gostamos do que estamos a fazer e não havia motivo para abandonar”, conclui.

No programa para os próximos 4 anos, Adérito Gomes pretende requalificar alguns dos equipamentos da instituição, lares e infantários. Para tal, “prometemos estar atentos aos próximos avisos de abertura de candidaturas a projetos a realizar no âmbito do PRR, para fazer crescer e dignificar a Instituição” que tem cerca de 330 funcionários, e mais de 1200 utentes, distribuídos por 5 lares, dois infantários, um Centro de Acolhimento Temporário para Menores em Risco e ainda uma Unidade de Cuidados Continuados, gerida em parceria com o Hospital Privado “Terra Quente”.

De resto, Adérito Gomes garante que “continuará a ser política da Instituição não recorrer a despedimentos e tudo faremos para a dignificação das categorias profissionais dos nossos colaboradores, honrando atempadamente todos os compromissos com eles assumidos”.

Na lista, o Provedor volta a apostar em António José Pires, Eduarda Neiva, Berta Liberal e Fernando Santos. atuais membros da Mesa Administrativa.

Já para a Mesa da Assembleia, Luís Garcia será novamente o presidente. Este órgão tem ainda como efetivos Ema Pereira e João Martins.

Finalmente, no conselho fiscal, a lista é novamente liderada por Vítor Lopes, e conta também com Aníbal Sousa e Paula Romão.

Jornalista: Fernando Pires

Slider