Foi adiado o início do julgamento do caso que envolve cinco arguidos que o Ministério Público acusa de pertencer a uma rede que se dedicava ao tráfico de droga, com epicentro em Mirandela e operava em vários concelhos da região Norte.

A primeira sessão do julgamento estava marcada para esta segunda-feira, no tribunal de Bragança, mas acabou por ser adiada devido à greve dos funcionários judiciais, tendo o coletivo de juízes reagendado a sessão para esta quarta-feira.

Os réus são cinco dos seis detidos na operação coordenada pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Mirandela, no dia 1 de junho de 2022, quatro deles encontram-se em prisão preventiva desde então.

Os réus têm idades compreendidas entre os 33 e os 54 anos, sendo quatro homens e uma mulher, uma técnica superior do Município de Mirandela.

Segundo a acusação, os arguidos dedicavam-se à venda de estupefacientes nos concelhos de Mirandela, Chaves, Valpaços, Vila Nova de Gaia e Boticas, em que parte do produto era adquirido nos distritos do Porto e Vila Real e posteriormente tratado, acondicionado e enterrado em locais ermos do concelho de Mirandela para ser revendido a consumidores.

Paralelamente a essa atividade, o grupo cultivava plantas de canábis, aproveitando locais em que a vegetação não permitia detetar a presença das mesmas, procedendo à sua secagem e embalamento em armazéns, no concelho de Mirandela, para posteriormente a vender aos consumidores.

O MP arrolou cerca de 80 testemunhas

Jornalista: Fernando Pires

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