Pai e filho estão acusados dos crimes de abuso de confiança e furto qualificado.

Ficou adiada, para 15 de Setembro, a primeira sessão do julgamento no tribunal de Mirandela de dois representantes de uma empresa de administração de condomínios, pai e filho, acusados pelo Ministério Público de um crime de abuso de confiança agravada e um crime de furto qualificado.

Os proprietários de um edifício com 24 frações apresentaram queixa-crime alegando ter sido lesados e pedem uma indemnização superior a 23 mil euros.
O caso ficou adiado devido à ausência de um dos arguidos.

A empresa “Cidadeterna unipessoal” dedicava-se à administração de condomínios, gestão de arrendamentos, prestação de serviços de manutenção e limpeza de condomínios.

Os representantes eram familiares: Pedro F. de 64 anos e o seu filho, Tiago F. de 34 anos. Ambos estão acusados de um crime de abuso de confiança agravada e um crime de furto qualificado.

Em causa está a alegada falta de pagamento, da referida empresa, de vários meses de despesas de utilização e serviços comuns, como água, luz, limpeza e manutenção de elevadores, que os moradores de um edifício com 24 frações já tinham pago à empresa, através das cotas de condomínio e que só posteriormente ficaram a saber que não tinham sido efetuados, quando alguns serviços vieram a ser cortados por falta de pagamento.

Para além disso, a empresa também terá deixado a zero a conta relativa ao Fundo Comum de Reserva, um fundo de maneio depositado no banco para responder a despesas de conservação dos condomínios.
Segundo a acusação, entre março de 2015 e novembro de 2018, os condóminos pagaram à empresa, pelo menos 36,800 euros.

Nessa altura a conta do condomínio foi encerrada sem qualquer saldo, sendo que, segundo a acusação, os dois arguidos apoderaram-se de, pelo menos 23,300 euros, precisamente o valor que é pedido de indemnização.

Apesar de não haver um número exato, estima-se que cerca de duas centenas de famílias com frações, em vários edifícios de Mirandela, cuja gestão de condomínios foi entregue à mesma empresa, também terão sido lesadas.

São processos que ainda estão em investigação pelo Ministério Público.

Jornalista: Fernando Pires

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