Mais de meio milhão de euros e seis meses são os números apontados para a conclusão da requalificação daquele que é um espaço emblemático da vila.

É o terceiro concurso que o município de Alfândega da Fé disponibiliza para a obra da “Casa Arcebispo D. José de Moura”, conhecida localmente como Casa do Adro – projetada há mais de quatro anos -, ficar terminada.

O procedimento foi publicado ontem em Diário da República e segundo o documento o valor da obra é de 541.500 euros. A obra, que faz parte do Plano para a Reabilitação Urbana (PARU) de Alfândega da Fé, terá de estar concluída num prazo de seis meses.

Recorde-se que o primeiro concurso lançado em 2019 ficou deserto e o empreiteiro que ganhou o segundo, em 2020, acabou por parar a obra.

De referir ainda que do primeiro para o segundo concurso, o valor do projeto aumentou em quase 200 mil euros, fixando-se em 576 mil euros, valor próximo daquele que consta no terceiro concurso agora em curso, com um prazo de 21 dias para apresentação de propostas.

Segundo a Lusa, o novo espaço irá reunir peças de arte sacra que estão espalhadas por vários sítios do concelho e também mostrar exemplares da obra do mestre José Rodrigues, natural deste concelho transmontano, que já o homenageou com a atribuição do seu nome a um Centro Cultural.

A Casa do Adro fica situada no largo com o mesmo nome, junto à igreja matriz, e a autarquia destaca a ligação do imóvel à história local.

De acordo com a autarquia, “a construção quase quadrangular, com traça arquitetónica característica de muitas das casas “ricas” que se construíram na zona antiga da malha urbana, sobretudo entre os séculos XVIII e XIX, dominava o antigo Adro da Igreja, juntamente com Casa Paroquial”.

É explicado ainda que “não se conhece a data de construção, mas é aceitável considerar que, pelo menos, isso tenha ocorrido na primeira metade do século XVIII, pois a partir de 1755 a casa terá passado a ser propriedade da família Moura, vinda da localidade vizinha de Pombal. Em 1794 aqui nasceu José Joaquim de Azevedo e Moura, que seguiu a carreira eclesiástica, tendo sido Deão da Sé de Évora, Bispo de Viseu e Arcebispo de Braga. Desde 1900 que o largo tem o seu nome”.

Jornalista: Rita Teixeira

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