A Associação AMIR – Amigos de Mirandela – decidiu tomar uma posição pública de desagrado pelo encerramento provisório da valência da cirurgia geral do serviço de urgência do hospital de Mirandela, que, está em vigor desde 8 de outubro e que, para já, tem uma validade até ao final deste mês de novembro.

“Dentro do espírito que norteia a AMIR na defesa dos valores cívicos e sociais da população de Mirandela, decidimos tomar uma posição pública de manifestar o seu mais veemente protesto e repúdio para com tão desajustada e inoportuna decisão em mais uma das valências médicas desta unidade hospitalar”, refere o presidente da direção da AMIR.

João Luís Teixeira estranha que, até ao momento, “tenham sido escassas as posições públicas das diversas instituições sobre a preocupação deste assunto”.

Após uma reunião dos órgãos sociais desta associação cívica para o desenvolvimento e promoção da cidade e concelho de Mirandela, foi decidido lançar um apelo à administração da Unidade Local de saúde do Nordeste. “Que pondere esta tomada de posição, para que não se prolongue para lá de 30 de novembro, porque o hospital de Mirandela na sua dimensão, e ainda mais com as obras que se fizeram, é inaceitável que esteja a funcionar como uma urgência normalíssima e que os cidadãos do concelho tenham de percorrer cerca de 60 quilómetros até Bragança e que, em alguns casos, fazem ricochete e são transferidos para Vila real ou até para o Porto”, lamenta.

Por agora é só um apelo, mas João Luís Teixeira admite outras formas de luta, caso a situação se prolongue para lá do final deste mês. “Não estamos aqui para fazer movimentações como aconteceu recentemente com o hospital de Chaves, mas temos o ímpeto de tomarmos uma posição mais forte porque será inaceitável ir para lá de 30 de novembro e ainda por cima na altura do Natal, em que há mais pessoas a vir para o nosso concelho”, avisa.

O presidente da direção da AMIR diz ser necessário estar atento às movimentações, lembrando as perdas de valências que o hospital tem sentido nos últimos anos, com destaque para o encerramento da maternidade, em Setembro de 2006.

Jornalista: Fernando Pires

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