Por: Mário Andrade – Estudante Universitário

A necessidade de falarmos de ciência sempre esteve presente, mas tornou-se particularmente importante nos tempos que vivemos.

A ciência, esse termo tão abrangente, que vai da economia à sociologia, passando pelas línguas ou pela agronomia, e nunca deixando para trás a biologia, a química e a física, tem uma complexidade e uma elasticidade enorme. Procura dar-nos as respostas aos mais variados fenómenos, sejam eles naturais, sociais, económicos ou culturais e tem-no feito com enorme sucesso nos últimos séculos, de tal modo que a ciência se tornou o pilar central  das sociedades modernas, com respostas irrefutáveis para grandes questões da humanidade.

Recorremos a ela nas mais variadas atividades do dia-a-dia, uma vez que confíamos na sua capacidade de responder aos mais variados dos nossos poblemas. Apesar de toda a evidência que a ciência já nos deu, continuam a existir imensas perguntas cujas respostas desconhecemos, não só porque existem limitações próprias da ciência, mas também devido à incapacidade do processo científico em nos dar as respostas para determinadas questões da condição humana.

O processo científico é muitas vezes demorado, devido à necessidade inerente à ciência de dar respostas rigorosas para os problemas propostos, e uma abordagem rigorosa precisa de tempo.

A COVID-19 é um dos mais recentes desafios e as peguntas que surgem são mais que muitas e as respostas difusas ou pouco claras. Como disse, a ciência precisa de tempo e processos rigorosos para encontrar respostas, científicamente válidas, para estas questões, e quando se fala em saúde, o fator rigor é ainda mais preponderante. A impaciência gerada levou a que muitas das respostas dadas até ao momento sejam contraditórias e pouco precisas, o que causa um enorme constrangimento na sociedade e torna urgente que se encontrem respostas claras e precisas que nos apaziguem. Respostas estas que com o devido tempo e rigor, chegarão para por um ponto final a este enorme flagelo.

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