Assinala-se hoje o Dia Mundial da Saúde Mental, uma data que este ano coloca a tónica nas catástrofes e emergências, sublinhando a importância do apoio psicológico em contextos de crise, tanto para as vítimas diretas como para os profissionais que nelas atuam.
O Centro de Gestão de Psiquiatria e Saúde Mental da ULSTMAD juntou-se à celebração com um conjunto de ações dirigidas aos profissionais envolvidos na resposta a situações de catástrofe e emergência, com o objetivo de reforçar competências, cuidar de quem cuida e garantir acesso rápido a apoio psicológico quando mais importa.
Impacto global e desafios
Todos os anos, milhões de pessoas são afetadas por catástrofes naturais, conflitos e crises humanitárias, e o impacto psicológico estende-se também às equipas de socorro e emergência.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, uma em cada cinco pessoas expostas a guerras ou conflitos desenvolve problemas como depressão, ansiedade, perturbação de stresse pós-traumático (PTSD), bipolaridade ou esquizofrenia.
Estas situações interrompem serviços essenciais e reduzem o acesso a cuidados de qualidade, deixando especialmente vulneráveis as pessoas com doença mental grave, que necessitam de continuidade nos cuidados e de acesso a necessidades básicas.
A importância de cuidar dos cuidadores
A resposta em contextos de crise exige competências específicas e protocolos de apoio psicossocial. O bem-estar dos profissionais que atuam no terreno — médicos, psicólogos, enfermeiros, bombeiros e técnicos de emergência — deve ser protegido e apoiado, reconhecendo o peso emocional que estas funções acarretam.
“Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”, escreveu Antoine de Saint-Exupéry — uma frase que hoje ecoa como homenagem a todas as vítimas e a todos os profissionais que, com coragem e empatia, enfrentam o sofrimento humano nas situações mais difíceis.
Compromisso contínuo
O Centro de Gestão de Psiquiatria e Saúde Mental da ULSTMAD reafirma o seu compromisso com a formação, supervisão e criação de redes de suporte que promovam respostas cada vez mais eficazes e humanas.
“Continuaremos a investir na capacitação e no cuidado das equipas, porque cuidar da saúde mental é cuidar da vida”, sublinha a instituição.
A Redação,
Foto: DR
