O número de consultas e cirurgias realizadas nos três hospitais do distrito de Bragança, em 2021, está próximo e em algumas áreas ultrapassa a atividade de 2019, o ano anterior às restrições impostas pela pandemia.

A conclusão resulta de dados divulgados hoje pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste em comparação com os números do Relatório de Gestão e Contas de 2019 desta entidade, que gere os cuidados de saúde no distrito de Bragança, e que a Lusa consultou.

Ao longo do ano de 2021, foram realizadas nos hospitais de Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros 6.435 cirurgias convencionais e em ambulatório, mais 913 que as 5.522 realizadas em 2019.

No primeiro ano da pandemia covid-19, em 2020, o número ficou-se em 4.807, com a atividade praticamente parada no primeiro semestre, mas a alcançar valores, no segundo semestre, próximos dos registados em igual período de 2019, segundo os dados da ULS do Nordeste.

Também o número de doentes atendidos em hospital de dia cresceu no ano de 2021, com 1.426, enquanto no ano anterior à pandemia passaram por ali 1.385.

Já o número de sessões com estes doentes foi maior em 2019 (13.184) do que as 12.337 de 2021.

No que se refere a consultas externas, os números da ULS do Nordeste revelam que a atividade está a aproximar-se dos anteriores à pandemia, com 94.096 consultas, em 2021, e 100.148, em 2019.

Todos os números da atividade assistencial nos hospitais da região apresentam aumentos, em 2021, quando comprados com 2020, o ano em que os serviços de saúde foram mais afetados pelas consequências do novo coronavírus.

A ULS do Nordeste revela ainda que os atos relativos aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (exames) dispararam para 2,2 milhões em 2021, mas nesta rubrica estão também incluídos os testes à covid-19, com um total de 150 mil realizados, desde o início da pandemia.

Os serviços de saúde servem cerca de 130 mil pessoas no distrito de Bragança e a ULS realça que os resultados obtidos “foram possíveis graças ao empenho e dedicação dos profissionais”.

“Mesmo perante as adversidades em contexto de pandemia, prestam cuidados de saúde de qualidade e em segurança aos utentes com reflexo no aumento da atividade assistencial”, destaca, em comunicado, aquela entidade.

Por: Lusa

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