O aterro sanitário da Resíduos do Nordeste vai ser alargado, em causa está o aumento da recolha de lixo. Mas Paulo Praça diz que é preciso criar soluções alternativas, para que o aterro seja apenas uma opção em casos extremos.

“Devido ao esforço de investimento que tivemos ao longo anos, nomeadamente com a criação da Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico temos ainda capacidade de aterro. Vamos fazer uma nova célula com capacidade para mais cinco anos, mas esse não é o futuro e temos de encontrar soluções em que o aterro passe a ser praticamente residual”, referiu o diretor da Resíduos do Nordeste, à margem da visita da Comissão do Ambiente e Energia da Assembleia da República ao parque instalado em Urjais, no concelho de Mirandela.

A empresa intermunicipal gere o sistema de tratamento de resíduos sólidos urbanos no distrito de Bragança e ainda no concelho de Vila Nova de Foz Côa. Atualmente, uma das preocupações é a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), para penalizar a deposição de resíduos em aterro sanitário, que aumentou e situa-se “já nos 25 euros por tonelada”.

Paulo Praça refere que apesar dos apelos, nada foi feito em contrário. “Em janeiro deste ano, passou de 22 para 25 euros por tonelada, apesar dos apelos que fizemos à Assembleia da República e ao Governo para que neste contexto difícil que as pessoas estão a viver, a TGR ficasse suspensa, pelo menos a aplicação deste aumento de três euros”, explicou.

O diretor da Resíduos do Nordeste sublinhou ainda que a empresa paga 600 mil euros de TGR e que se não tivesse um sistema “com alguma eficiência que já reduz em 50% os resíduos que vão para a aterro, estaríamos a falar de um valor de 1,2 milhões euros de taxa, um número muito expressivo que tem de ser suportado por nós, pelos municípios e naturalmente pelos cidadãos que vivem neste território”.

Jornalista: Rita Teixeira

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