O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, defendeu hoje que a campanha para as eleições legislativas deve ser um palco para discutir a regionalização e para os partidos dizerem qual é a sua posição “sem subterfúgios”.

“Acho que a regionalização devia ser debatida ao longo da campanha eleitoral, os partidos deviam dizer ao que vêm, porque é que vêm e dizerem desde já qual é a sua posição sem subterfúgios, sem falsos argumentos. É isso que falta e espero que ao longo da campanha isso venha a acontecer”, afirmou o autarca à agência Lusa.

Defensor da regionalização, Rui Santos diz que este tema deve, “claramente, ter mais importância” e independentemente de estar escrito nos programas eleitorais dos partidos, como do PS e da CDU, também “devia ser debatido” na campanha para as legislativas de 30 de janeiro.

“É fundamental que tal venha a acontecer para legitimar os passos subsequentes que levem a que os portugueses voltem a ser consultados neste processo de regionalização”, salientou.

“Os países que têm regiões são aqueles que têm índices de poder de compra dos seus cidadãos mais elevados, são os países mais ricos da União Europeia, e talvez o facto de Portugal ser um país centralista justifique, ou leve, a que, de facto, esteja ou tenha ficado para trás”, acrescenta.

A dúvida, para Rui Santos, “é se deverá haver duas áreas metropolitanas mais cinco regiões plano ou se as cinco regiões plano corresponderão ao mapa da regionalização”.

Afirmou ainda à Lusa que “a descentralização para o nível municipal tem corrido bem, que não é tudo perfeito” e que “há determinados assuntos que têm que ser afinados” e apontou que falta “dar o salto para estruturas supramunicipais, nomeadamente para as regiões”.

Por: Lusa

Foto: Rui Manuel Ferreira/ Global Imagens

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