Risco máximo de incêndio leva Governo a proibir uso de fogo e maquinaria agrícola no Interior Norte.

Os distritos de Bragança e Vila Real estão hoje sob risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), levando o Governo a tomar medidas extraordinárias de prevenção. O Ministério da Agricultura e da Alimentação anunciou a proibição do uso de fogo e de maquinaria agrícola e florestal até à próxima terça-feira em várias zonas do interior Norte, Centro e Algarve — com especial incidência nos territórios transmontanos.
A medida abrange equipamentos como motoroçadoras, corta-matos e destroçadores, entre outros aparelhos suscetíveis de gerar faíscas e ignições. O objetivo é claro: evitar que o calor extremo e a vegetação seca se tornem palco de novos incêndios rurais, como os que têm afetado tragicamente o país em anos anteriores.
O Ministério destaca que esta proibição é particularmente relevante para os distritos de Bragança e Vila Real, onde as condições meteorológicas são extremamente propícias à propagação rápida do fogo. Com temperaturas a ultrapassar os 35°C e ventos moderados, qualquer ignição pode evoluir para incêndios incontroláveis.
Embora muitos concelhos do Alentejo não estejam abrangidos por proibição legal, as autoridades recomendam igualmente precaução. Em todo o território, mas com foco no interior Norte, o apelo é claro: evitar o uso de ceifeiras, gadanheiras e outras máquinas agrícolas durante as horas de maior calor, entre as 11h e as 19h.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) já emitiu um aviso à população, sublinhando a necessidade de comportamentos responsáveis por parte de agricultores, produtores florestais e comunidades locais. O Ministério da Agricultura reforça a importância de proteger não só os terrenos e produções agrícolas, mas também a segurança de pessoas, habitações e ecossistemas.
Em Bragança e Vila Real, concelhos como Mirandela, Chaves, Vila Pouca de Aguiar e Macedo de Cavaleiros estão entre os mais vulneráveis. As câmaras municipais e corporações de bombeiros locais têm já planos de contingência ativados e apelam à colaboração de todos os cidadãos.
Evitar o uso de maquinaria, não fazer queimadas e alertar rapidamente os serviços de emergência perante qualquer foco de incêndio são, neste momento, atitudes de cidadania essenciais. O verão está apenas a começar, mas o alerta é já vermelho no coração de Trás-os-Montes.

A Redação

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