A ligação aérea que liga Trás-os-Montes ao Algarve pode estar em risco, isto porque o contrato de exploração termina já no final de fevereiro (dia 28). Por esse mesmo motivo, o município de Bragança exige, ao Governo, a apresentação “imediata de soluções, concretas e objetivas” que permitam a manutenção desta ligação aérea.
O contrato de exploração da linha aérea entre Bragança- Vila Real- Viseu- Cascais e Portimão termina daqui a pouco mais que um mês, dia 28 de fevereiro, situação que não alegra muito a autarquia de Bragança.
Posto isto, “vimos exigir, por parte do Governo, a apresentação imediata de soluções, concretas e objetivas, que permitam a manutenção da ligação aérea Bragança, Vila Real, Viseu, Tires, Portimão, sem interrupção temporal, após o término da vigência do atual contrato de concessão, que ocorre no próximo dia 28 de fevereiro de 2024” refere o município de Bragança, em comunicado enviado à redação do Canal N.
Esta medida surge depois de “até à data, não foi, ainda, lançado, por parte do Governo, nenhum concurso público, para nova concessão da linha aérea”, situação que aflige o autarca de Bragança uma vez que a ligação aérea demonstra-se “fundamental para a coesão territorial e para o desenvolvimento socioeconómico das diferentes regiões abrangidas pela carreira aérea em questão”.
De salientar que a operadora que até agora efetua a ligação já se demonstrou indisponível para manter a ligação aérea após a data do fim do contrato.
No ano de 2023 foram transportadas cerca de 13 mil passageiros, “o que representa uma taxa de ocupação de 75%, com tendência ascendente de procura, por parte dos utilizadores, demonstrando a importância crescente da referida ligação” explica o comunicado.
Bragança reforça que esta situação “só está a acontecer por falta de planeamento, sentido de responsabilidade, interesse ou até por desprezo do Governo, para com as populações das regiões que beneficiam desta ligação, em particular com a população do distrito de Bragança”.
A pensar na população, a autarquia reivindica ao Governo medidas “imediatas”, “concretas” e “objetivas” que permitam a manutenção da ligação aérea Bragança-Portimão, sem interrupção temporal, após o termino do presente contrato.
Jornalista: Lara Torrado
