O final da tarde de ontem marcou a inauguração da exposição “Álvaro Lapa: Modernidade Platex” no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, trazendo ao Alto Tâmega uma das figuras mais marcantes da arte contemporânea portuguesa.
Álvaro Lapa (Évora, 1939 – Porto, 2006) é reconhecido como um dos nomes maiores da criação artística nacional. A sua obra destaca-se pela originalidade e pela fusão singular entre pintura, filosofia e literatura, onde a palavra assume um papel central, rompendo com convenções e expandindo fronteiras estéticas. Professor de Estética na Faculdade de Belas Artes do Porto durante mais de duas décadas, Lapa deixou uma influência profunda em sucessivas gerações de artistas, moldando pensamento e práticas artísticas que ainda hoje ecoam.
A mostra agora patente em Chaves, com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves, iniciativa que visa democratizar o acesso ao vasto acervo da Fundação, levando obras de referência a diferentes regiões do país.
Ao longo de quatro décadas, Álvaro Lapa construiu um corpo de trabalho marcado pela reinvenção constante, exigente e austero, onde a pintura se afirma não como disciplina isolada, mas como linguagem que dialoga com a escrita, a filosofia e a cultura num sentido amplo. A exposição agora inaugurada permite ao público revisitar essa visão única, numa seleção que evidencia a força conceptual e plástica do artista.
Com esta iniciativa, o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso reforça a sua aposta na divulgação de grandes nomes da arte contemporânea nacional, proporcionando aos visitantes uma oportunidade rara de contacto com um dos criadores mais originais e influentes do século XX em Portugal.
A Redação,
Fotos: DR




















