Projeto piloto colocará Chaves como uma das cidades mais vanguardistas no combate à descarbonização. Contrato de Incentivo Financeiro foi assinado na passada sexta-feira.

Chaves prepara-se para criar a maior rede urbana de calor “geotérmico” de Portugal Continental, um projeto piloto que abrangerá, numa primeira fase, um total de 24 edifícios a beneficiarem de uma fonte de energia renovável e limpa. O município vai aproveitar o potencial geotérmico das águas termais, resultante da elevada temperatura das águas termais do território, para criar uma rede urbana de distribuição de calor, que permitirá climatizar mais 19 novos edifícios públicos e privados.

Na passada sexta-feira foi assinado o Contrato de Incentivo Financeiro para a Promoção da utilização da energia geotérmica, na presença do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, seguindo-se a visita aos locais de captação da água termal e ao sistema de aproveitamento geotérmico do Hotel IBIS Styles, que constitui a mais recente ligação à atual rede geotérmica.

“Precisamos de criar territórios mais sustentáveis nas dimensões económica, ambiental e demográfica”, salientou o Presidente da Câmara de Chaves aquando da sessão de assinatura do contrato com o Governo Central, no dia que marca a consolidação da utilização deste recurso para a produção energia sustentável.

“Chaves dá o seu melhor contributo, na medida das suas capacidades”, salientou o Secretário de Estado Adjunto e da Energia ao referir que “o projeto nacional não avança se todos os territórios não derem os seus contributos. O país precisa de todos”. João Galamba afirmou que o Governo terá todo o interesse em expandir esta rede, podendo eventualmente ser equacionado o seu alargamento a privados, de forma a valorizar o recurso da água.

Recorde-se que este projeto sustentável contribuirá consideravelmente para a redução da pegada de carbono, com uma poupança estimada de 1330 toneladas/ano de dióxido de carbono, fomentando assim a descarbonização através de uma solução inteligente que aumente a eficiência e reduza o consumo de energia. O projeto tem um valor de 850 mil euros, comparticipado em cerca de 80% por um fundo de apoio à inovação, com um prazo de execução de um ano.

Em Chaves, o recurso à energia geotérmica já é utilizado em cinco equipamentos: no complexo termal, na Piscina Municipal, em duas unidades hoteleiras e num centro geriátrico da cidade.

Foto: CMC

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