A SAD do Desportivo de Chaves entrou oficialmente numa nova fase, após a concretização da venda da maioria do capital social a investidores estrangeiros. O grupo mexicano Clase Azul assegurou 70% das ações, num negócio avaliado em mais de 8 milhões de euros, com possibilidade de aumentar a sua participação até 80% até 2028.
Francisco José Carvalho, até aqui acionista maioritário, mantém 20% da sociedade e assegurou direitos financeiros relacionados com futuras receitas provenientes da transferência de jogadores e do processo ainda em aberto sobre o licenciamento do Vitória de Setúbal na época 2019/20. O clube conserva os 10% que já lhe pertenciam. Carvalho continuará a integrar a administração da SAD, que passa a contar também com quatro representantes indicados pelos novos donos e com Liliana Carvalho, em nome do clube.
O novo presidente da SAD flaviense é Dante Elizalde, que será apresentado hoje, ao meio-dia, em conferência de imprensa.
Investimento no estádio
Um dos compromissos assumidos pelos investidores passa pela remodelação do Estádio Eng.º Manuel Branco Teixeira. Está previsto um investimento de até 4 milhões de euros para erguer uma nova bancada central coberta, substituindo a atual. A obra ficará dependente do regresso do clube à I Liga e da formalização da concessão do recinto ao clube por um prazo mínimo de 50 anos, acordo que será negociado com a autarquia.
Num horizonte de 18 meses, deverá estar concluído o projeto de arquitetura. Paralelamente, será solicitado ao município a cedência de terrenos adjacentes ao estádio, onde se pretende construir um novo complexo desportivo e mais um campo de treinos.
Garantias e salvaguardas
O contrato de venda inclui cláusulas de proteção para os acionistas. Caso surja no futuro uma proposta de alienação de capital, clube, ex-presidente e investidores terão direito de preferência. Ficou ainda estabelecido que, até à época 2030/31, não será necessária aprovação de orçamentos em Assembleia Geral se os valores não ultrapassarem os 8 milhões de euros em temporadas na II Liga ou os 12 milhões quando o clube competir na I Liga.
Está também prevista uma indemnização de 2 milhões de euros, acrescida de eventuais danos, caso alguma das partes incumprida o acordo estabelecido.
A Redação,
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