O Núcleo Concelhio do Partido CHEGA! de Mirandela “critica e condena” a aprovação do aumento das tarifas incluídas na fatura da água pela maioria socialista na Assembleia Municipal da passada segunda-feira.

Em comunicado, o Chega entende que esta subida “só vem provar que o Partido Socialista rege-se pela política exaustiva que sugam os impostos aos cidadãos de uma forma desmedida e sem critério, junto de quem trabalha e passa graves dificuldades de momento”.

Em declarações à Terra Quente FM, Ricardo Garcia, líder do Núcleo Concelhio do Chega de Mirandela, começa por lembrar que a presidente da Câmara, durante a campanha eleitoral das autárquicas de 2021, “prometeu que o preço da água não iria subir, enquanto a sua gestão não fosse entregue a privados”.

O líder do Chega em Mirandela também entende que a justificação para este aumento na fatura da água dos mirandelenses de tornar o sistema mais sustentável não colhe tendo em conta que a ERSAR apenas recomendou um aumento. “Em boa verdade, temos de referir que uma recomendação não transita obrigatoriamente numa obrigação, tendo sido portanto, a medida aprovada por uma questão de opção e não uma obrigação legal ou atualização obrigatória de preços”, sustenta.

A concelhia do Chega não concorda com este aumento decretado pelo executivo liderado por Júlia Rodrigues. “Não podemos, deixar de registar que neste momento, qualquer aumento que seja, nem que de 1.00€ (um euro) se trate, é significativa, contrariando as palavras proferidas pelo líder parlamentar do Partido Socialista, pois em boa verdade, tais afirmações, só podem ser proferidas sem ter total conhecimento das dificuldades que os cidadãos estão a passar neste momento, pelo panorama atual de dificuldades em custo de vida, e em muitas situações, 1.00€ (um euro) pode ser a diferença entre comprar pão ou não”.

Para além disso, o Chega entende que não têm de ser os Munícipes a pagar o que qualifica de “erros estratégicos” dos sucessivos executivos da câmara neste sector, lembrando a falta de investimento nas estruturas. “Os desperdícios de água em abundancia, são da culpa da falta de manutenção e desperdícios das estruturas, por falta de investimentos públicos, não sendo justo ser o cidadão comum a ter de pagar tal irresponsabilidade ou falta de cuidado/investimento do comum”, adianta.

Ricardo Garcia não deixa de assinalar que concorda com as reduções previstas para as famílias numerosas e carenciadas, mas classifica estas medidas como populistas. “Nada contra ao critério das famílias numerosas, bem como, aos critérios das famílias mais carenciadas, no entanto, continuamos a verificar a falta desproporcional sobre quem realmente precisa, e de quem, abusa do sistema para obter este tipo de benefícios, sendo um total vazio de mecanismo, para fiscalizar este tipo de irregularidades, tornando a medida meramente populista e eleitoralista”, afirma.

Jornalista: Fernando Pires

Foto: Canal N/Arquivo

Slider