DENÚNCIA PARTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DA AUTORIDADE DE SEGURANÇA ALIMENTAR E ECONÓMICA E JÁ LEVOU O GRUPO PARLAMENTAR DO PSD NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA A QUESITIONAR O GOVERNO SOBRE O ASSUNTO.

O presidente da Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica denúncia uma preocupante degradação de várias instalações da ASAE espalhadas pelo País, entre elas a de Mirandela. “Temos situações tão graves como chover no interior de gabinetes de trabalho, nas secretárias, nos computadores, nos processos e tudo o que ali estiver, devido a infiltrações nos edifícios que não têm sido alvo de reparação nem qualquer manutenção, como acontece em Mirandela, Évora, Santarém e Coimbra”, revela Cristiano Santos.

Fala também de um parque automóvel envelhecido que causa enormes constrangimentos às ações inspetivas que os operacionais da ASAE estão incumbidos de realizar a cada passo. “Os carros passam mais tempo parados nas oficinas, do que a andar. Podemos garantir que se houver necessidade da ASAE realizar uma operação de grande envergadura em que tenha de por o seu corpo inspetivo todo no terreno, garantidamente não tem viaturas para o fazer”, adianta.

O presidente da Associação Sindical dos Funcionários da ASAE chama ainda a atenção para os meios técnicos e informáticos desadequados ao dispor dos operacionais que ficaram ainda mais evidentes neste tempo de pandemia em que alguns inspetores tiveram de ficar em teletrabalho. “Em agosto era para ter sido implementado um novo programa de gestão documental, mas os computadores não aguentam esse novo programa e não foi implementado. Curiosamente, a ASAE pertence ao Ministério da Economia e Transição Digital, mas neste campo a ASAE ainda tem um longo percurso a fazer”, lembra.

Todas estas situações, levam Cristiano Santos a uma conclusão que diz ser óbvia: “se a ASAE se inspecionasse a si própria, garantidamente tinha de levantar autos”.

Em Mirandela, a ASAE está sedeada, na quinta do Valongo, desde 2006, na sequência de um acordo entre o Ministério da Agricultura e o Ministério da Economia.

Nas instalações trabalham 17 operacionais.

Jornalista: Fernando Pires

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