A Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) anunciou, ontem, que vai aumentar os lugares disponíveis na primeira fase do concurso. Há um novo recorde de candidatos, que se traduz no maior número desde 1996.

A procura de acesso a universidades e politécnicos superou as expetativas, registando um novo recorde – 63.878 candidatos -, e por essa razão, segundo a Lusa, a CNAES reconheceu que o número de vagas fixadas inicialmente é insuficiente face ao recorde de candidatos.

Recorde-se que, com mais de 62 mil candidatos no ano passado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) decidiu, na altura, aumentar excecionalmente o número de vagas para responder à procura e a mesma possibilidade já tinha sido admitida este ano, caso se verificasse um cenário idêntico.

“A CNAES reconhece o momento excecional que resulta do aumento do número de candidatos ao ensino superior, o qual deve conduzir às alterações legislativas necessárias pelo Governo para possibilitar a reafetação das vagas não ocupadas nos diversos Concursos Especiais“, lê-se no parecer a que a agência Lusa teve acesso.

De acordo com o Jornal de Notícias, o objetivo é reabrir a plataforma do concurso no início da segunda semana de setembro, durante três dias, para que os estudantes possam alterar as suas escolhas, à semelhança do que aconteceu no ano passado, a primeira vez em que se recorreu a este mecanismo. Sendo que a divulgação de resultados está prevista para 27 de setembro.

Contudo, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior já tinha anunciado a intenção de reforçar a primeira fase do concurso com pelo menos duas mil vagas adicionais.

“Temos cerca de cinco mil vagas não preenchidas no total dos concursos especiais e penso que facilmente conseguiremos identificar mais de cerca de duas mil vagas para garantir que ninguém fica de fora”, disse Manuel Heitor em declarações à TVI.

No caso da segunda fase do concurso geral de acesso, que decorre entre 27 de setembro e 08 de outubro, se houver necessidade de aumentar também o número de vagas, esse reforço deve acontecer nas instituições sedeadas fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Jornalista: Rita Teixeira

Foto: Global Imagens/Arquivo

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