A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) exige medidas “imediatas e vigorosas” para salvaguardar dezenas de milhares de empresas afetadas pela crise económica.

A CPPME alertou o Governo, através do secretário de estado do Tesouro, João Nuno Mendes, para a situação potencialmente explosiva das empresas portuguesas.

Num documento enviado à redação do Canal N, a Confederação começou por explicar que perante a paralisação da atividade económica decretada pelo governo, entre 20220 e 2021, assim como a escalada inflacionista de todos os custos de produção “a maior parte dos “apoios governamentais” traduziu-se no aumento do seu endividamento através da subscrição de linhas de crédito e outros instrumentos
bancários, exaltando as vantagens das taxas negativas da Euribor e da bonificação dos spreads”, refere.

É reforçado ainda que “nalguns casos até, como nalguns financiamentos concedidos pelo Turismo de Portugal, o governo prometeu o perdão de parte dos mesmos (até 20%) desde que não se verificassem despedimentos no período de confinamento”.

No mesmo comunicado é apontado ainda que após dois anos, as empresas são agora confrontadas com o aumento abrupto da Euribor para mais de 2,25% anuais, “estando praticamente garantido que o Banco Central Europeu (BCE) a fará chegar aos 4% ou mais nos próximos meses e com o esquecimento do perdão de parte do capital dos referidos empréstimos do Turismo”.

Recorde-se que, a CPPME, para o Orçamento de Estado 2023, também apelou “à redução de custos de contexto, nomeadamente combustíveis, energia elétrica, água e telecomunicações, através do controlo de margens grossistas e estabelecimento de preços máximos”, bem como “medidas que limitem a especulação de preços de matérias-primas, bens alimentares e outros fatores de produção”.

Jornalista: Rita Teixeira

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