O Conselho de Ministros está reunido hoje para decidir novas medidas para travar a evolução da pandemia de covid-19.

De acordo com a Lusa, após a reunião do executivo, está marcada uma conferência de imprensa, sem hora ainda determinada, um dia depois de o país ter registado 3.773 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, o valor mais elevado desde 28 de julho.

Recorde-se nos últimos dias o primeiro-ministro, António Costa, recusou-se a adiantar quais seriam as medidas a adotar pelo Governo, porque o momento era ainda de ouvir os peritos e os partidos.

“Hoje não é dia de falar, hoje é dia de ir ouvir os partidos, amanhã continuar a ouvir os partidos e quinta-feira falarei”, disse António Costa na terça-feira aos jornalistas, ideia que repetiu na quarta-feira.

Depois, entre terça e quarta-feira, o primeiro-ministro chamou à residência oficial, o Palacete de São Bento, todos os partidos com assento parlamentar para recolher os seus contributos e perspetivas.

Segundo a agência de notícias, “os últimos a serem recebidos foram PSD e PS”, que explica que o líder da oposição, Rui Rio, defendeu “ser preciso fazer tudo para proteger a população da evolução da pandemia sem voltar a situações de confinamento ou fecho da economia, rejeitando ‘medidas mais pesadas’ neste momento”.

Já o PS apontou a possibilidade do “reforço do controlo das fronteiras para mitigar o avanço da pandemia”, considerando a “recomendação do teletrabalho” como já ocorreu noutros períodos.

Na quarta-feira, após uma reunião com o Sindicato Independente dos Médicos, a coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu que “seria falhar ao essencial” se o Governo na quinta-feira apenas anunciasse medidas de responsabilidade individual para combater a pandemia e não avançasse com o reforço urgente de profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na primeira ronda de audiências de terça-feira, a maioria dos partidos opuseram-se a um novo confinamento para responder à atual situação epidemiológica.

Entre as medidas comunicadas pelos partidos à saída da reunião com o chefe do executivo, o Chega avançou que o Governo deverá impor a apresentação do certificado e de um teste negativo para a entrada em bares, discotecas e grandes eventos.

No que se refere à utilização das máscaras, a porta-voz do PAN transmitiu a “preocupação” do Governo quanto ao uso de máscara em espaços como “estádios de futebol, concertos e discotecas”, tendo o Chega acrescentado que o executivo “está inclinado” para tornar a máscara obrigatória “dentro de espaços” e recomendar a sua utilização no exterior.

Por: Lusa

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