O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou que Espanha vai corrigir hoje a norma que obrigava a apresentação de prova de vacinação contra a covid-19 ou teste negativo nas fronteiras terrestres com Portugal.

O Jornal de Notícias noticiou ontem que, quem entrasse em Espanha, a partir desta segunda-feira, por alguma fronteira terrestre sem um teste negativo, sem vacina ou sem provas de que já recuperou da covid-19 arriscava-se a pagar uma coima de até três mil euros. Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, já afirmou que o país vizinho vai corrigir a norma.

“Tivemos contactos muito intensos a todos os níveis com o governo espanhol durante a tarde e a noite de ontem [segunda-feira] e ainda durante a noite de ontem recebemos a confirmação por parte das autoridades espanholas que, de facto, se tratava de um lapso que iria ser corrigido hoje e, portanto, é isso que vai acontecer”, disse Augusto Santos Silva, em declarações à agência Lusa.

Segundo a Lusa, o governante explicou que se tratou de uma resolução de um serviço técnico da Direção-Geral da Saúde de Espanha que “não teve em conta, involuntariamente, o facto de a gestão de uma fronteira não ser apenas responsabilidade das autoridades sanitárias, mas também das autoridades políticas e administrativas, designadamente dos ministérios da Administração Interna respetivos”.

“O que é decisivo aqui é que, em primeiro lugar, continua a nossa muito boa prática de gestão conjunta e coordenada da fronteira comum e, portanto, as decisões que são tomadas sobre a fronteira comum são tomadas coordenadamente entre os dois governos)”, explicou o ministro.

Augusto Santos Silva acrescentou, ainda que, ”a circulação terrestre entre Portugal e Espanha continuará facilitada visto que a situação epidemiológica assim o permite, não sendo exigido a cada um dos cidadãos de ambos os países que circulam na respetiva fronteira a apresentação de teste negativo”.

O ministro relembrou ainda que já houve alturas mais críticas em que a fronteira chegou a estar fechada, mas quando isso aconteceu foi porque os dois governos assim o entenderam.

LUSA

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