Portugal regista avanços em algumas áreas ambientais, mas ainda enfrenta desafios significativos na gestão da água e dos resíduos. Entre os pontos positivos de 2025, destaca-se a entrada em vigor do Tratado do Alto Mar, a criação de uma Área de Controlo de Emissões para navios e a implementação de recolha seletiva eficiente em vários municípios. Também foi criada a Rede Lusófona para o Clima, fortalecendo a cooperação entre os países africanos de língua portuguesa.
Por outro lado, políticas como o plano “Água que une” e a falta de cumprimento de metas da Lei de Bases do Clima evidenciam falhas na gestão dos recursos hídricos e na conservação da natureza. A Zero alerta ainda para a utilização de soluções caras, como a incineração, em vez de reforçar a economia circular.
Para 2026, estão previstas mudanças importantes, como a entrada em vigor do sistema de depósito e reembolso de embalagens, que pretende aumentar a taxa de recolha de plástico e metal para mais de 90%. O país também deverá avançar com o Plano Nacional de Restauro da Natureza, o roteiro para a neutralidade climática com meta em 2045, e uma estratégia industrial verde que inclua o direito à reparação de produtos.
Apesar das dificuldades, especialistas sublinham que políticas ambientais bem implementadas podem gerar poupanças significativas a médio e longo prazo.
Jornalista: Vitória Botelho
Foto: DR



















