O número foi avançado, esta noite, pelo Jornal de Notícias. Toniette da Cruz, diretora do laboratório, é considerada a principal arguida por suspeitas de ter adulterado centenas de amostras.

A diretora do Laboratório Regional de Trás-os-Montes (LRTM) foi detida, ontem, com outros 19 arguidos no âmbito do inquérito “Gota d’Água”, sobre suspeitas de fraudes nas análises da água pública, sendo “indiciada pelo Ministério Público de 396 crimes de falsificação informática”, escreve o JN.

Segundo o mesmo jornal, um técnico de recolha da mesma entidade foi também indiciado pelo mesmo número de ilícitos. Já o  vereador da Câmara de Vila Flor, Luís Policarpo, foi levado ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto por suspeitas de três crimes de falsificação informática e um de prevaricação. 

Recorde-se que os arguidos começaram, esta quinta-feira, a ser interrogados pelo juiz Pedro Miguel Vieira.

Segundo a Polícia Judiciária (PJ), os arguidos suspeitos foram alvo de escutas telefónicas durante meses pela PJ de Vila Real, sendo desta forma registadas algumas conversas que comprovam as contaminações, mas que não representariam um perigo imediato para a saúde pública.

Segundo uma fonte do Canal N, durante estas conversas telefónicas eram discutidos, entre alguns dos arguidos, os resultados de determinadas análises de água que não apresentavam os valores próprios para consumo. Optando então por adulterar os resultados finais.

Recorde-se que a operação incide sobre a atividade fraudulenta do LRTM responsável pela colheita e análise de águas destinadas ao consumo humano, águas residuais, águas balneares, piscinas, ribeiras, furos e poços, entre outros.

Jornalista: Rita Teixeira 

Foto: Canal N

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