O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, esgotou a lotação este domingo para acolher as comemorações do 24.º aniversário da inscrição do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património Mundial da UNESCO, assinaladas com o espetáculo intermunicipal “Douro, Património de Diversidades”.
A criação artística reuniu cerca de 200 estudantes provenientes dos 19 municípios da região duriense, num espetáculo que cruzou música, dança, palavra e a reinterpretação de rituais e tradições locais. Em palco, as identidades do Douro ganharam forma e emoção, num retrato vivo de um território onde a cultura se afirma como herança, presente e futuro.
Durante a sessão, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR NORTE), António Cunha, sublinhou o significado simbólico da celebração. “Celebrar o Alto Douro Vinhateiro é reforçar o orgulho de viver num território que é Património da Humanidade. O Douro não é apenas um lugar: é uma forma de ser, é cultura viva que se reinventa e se projeta no futuro”, afirmou.
Coordenado artisticamente por Fábio Timor e Filipe Marado, o projeto envolveu professores embaixadores, escolas e comunidades locais, evidenciando o papel central da educação e das novas gerações na salvaguarda e valorização deste património único. Para Célia Ramos, vice-presidente da CCDR NORTE, a iniciativa “dá voz e palco à nova geração, que afirma algo maior, algo que herdaram e que é do Douro, que é nosso”.
O espetáculo assinalou igualmente os 20 anos da Convenção da UNESCO sobre a Diversidade das Expressões Culturais, reforçando a diversidade cultural como fator de identidade, riqueza coletiva e projeção futura.
A celebração em Lamego foi, assim, uma homenagem ao Douro e às suas gentes, com destaque para os jovens que hoje assumem o papel de guardiões de um património reconhecido à escala mundial.
A Redação,
Fotos: DR
