José Pires é o atual dirigente distrital do partido Chega, na região de Bragança. Estão em causa “refeições e combustíveis”, segundo o Ministério Público.

O julgamento do ex-presidente da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, José Pires, começa no dia 18 de janeiro. Em causa está o pagamento de mais de dez mil euros de despesas pessoais com dinheiro da autarquia em Bragança.

Segundo a agência Lusa, a acusação aponta que o antigo presidente ordenou “a realização de pagamentos em proveito pessoal a título de reembolso de quantias várias por si despendidas na aquisição de bens de consumo e serviços de natureza pessoal”.

O Ministério Público menciona que estão em causa “refeições e combustíveis sem justificação para a realização de tais despesas”. Como presidente da junta de freguesia recebia uma quantia mensal de 529 euros.

“Segundo as contas do Ministério Público, no exercício destas funções públicas, o arguido ordenou aos serviços o reembolso de um valor total de 20.741 euros”, refere a Lusa.

Na acusação lê-se que “no entanto, de tal valor global, nos anos de 2016 e 2017, o arguido ordenou e obteve o reembolso de despesas não orçamentadas no valor de 8.548 euros que, ao contrário das demais, não apresentavam qualquer fundamentação e justificação”.

No que toca à alimentação, a investigação indica que recebeu 1.795 euros, o que corresponde a 30 refeições, tendo beneficiado, também, do subsídio de refeição, acrescentando mais 128 euros ao montante.

José Pires é ainda acusado de ter recebido 1.803 euros referentes a “despesas relacionadas com o abastecimento de combustível no âmbito da sua vida privada”.

Jornalista: Lara Torrado

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