O Festival Fontes Sonoras voltou a unir, no passado fim de semana, de 14 a 16 de novembro, as cidades de Chaves e Verín numa celebração conjunta da palavra, da música e da identidade termal que caracteriza este território transfronteiriço. Distribuído por vários espaços emblemáticos de ambos os municípios, o evento consolidou-se como um ponto de encontro privilegiado entre criadores galegos e portugueses.
Em Chaves, o programa decorreu no Museu das Termas Romanas, na Biblioteca Municipal e na Igreja da Misericórdia, espaços que receberam nomes destacados da literatura e da cultura contemporânea. Entre os participantes estiveram Xavier Frías Conde, narrador galego; Chus Pato, poeta e vencedor do Prémio Nacional de Poesia 2024, em Espanha; Jorge Melícias, poeta e tradutor português; além do grupo musical Cantar Poesia, que reforçou a dimensão artística e sensível desta edição.
O nome “Fontes Sonoras” assenta na simbologia da água, elemento central na vida da Eurocidade da Água, evocando simultaneamente a fluidez da música e da palavra enquanto forças que aproximam comunidades. Esta ligação temática tem sido, aliás, a marca identitária do festival, que já se afirma como um espaço de circulação cultural, diálogo criativo e convivência entre autores e públicos dos dois lados da fronteira.
O evento integrou-se no projeto Eurocidade Termal e da Água, cofinanciado pela União Europeia através do programa INTERREG VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2012-2017, reforçando o compromisso de ambos os municípios na promoção da cooperação cultural transfronteiriça.
Com mais uma edição bem-sucedida, o Festival Fontes Sonoras confirma-se como uma das iniciativas culturais mais relevantes da região, contribuindo para estreitar relações, valorizar o património comum e projetar a Eurocidade no panorama cultural ibérico.
A Redação,
Fotos: DR
