A companhia de teatro transmontana não está incluída no progama de apoio da Direção-Geral das Artes (DGartes) destinado aos próximos quatros anos e apela ao “bom senso” do ministro da Cultura.

A Filandorra candidatou-se ao Programa de Apoio Sustentado na área do Teatro 2023-2026, mas a resposta acabou por ser negativa. Em comunicado, a companhia reforça que está elegível para receber o apoio, uma vez que possui uma pontuação final de 74,02%.

O diretor artístico, David Carvalho, salienta que “a não ser corrigida, esta decisão do Governo por parte do Ministério da Cultura vai privar o público do interior norte” ao acesso à cultura.

Os 18 atores que integram a companhia – com 36 anos de atividade -, podem ficar desempregados, pela falta de financiamento para as produções, que são levadas a palcos desde Amarante até Miranda do Douro.

“Privar de financiamento nos próximos quatro anos uma estrutura como a Filandorra, entre outras, é mandar para o desemprego um conjunto de profissionais competentes que demonstram «paridade de género, e as notas biográficas comprovam formação e experiência extensas e reconhecidas tanto a nível local, regional, nacional como internacional, que revela capacidade para garantir uma boa execução do plano proposto»”, reforça o diretor, citando a ata do júri.

Segundo o mesmo comunicado, a Filandorra já solicitou o acesso a informação à DGartes para reagir nos termos legais em sede de Audiência de Interessados, assim como a documentação de trabalho junto dos municípios parceiros, deputados da AR representativos dos distritos do Porto, Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda e todos os Grupos Parlamentares da AR, para ser encontrada uma solução positiva que impeça o encerramento da Companhia Profissional de Teatro.

Jornalista: Rita Teixeira

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