A greve foi suspensa por haver um “compromisso” para tentar integrar os trabalhadores “precários” na empresa intermunicipal.

Cristina Torres, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, explicou, em declarações à agência Lusa, que “o diretor da Resíduos do Nordeste [Paulo Praça] disse-nos que no início de janeiro de 2023 vai levar esta situação da integração dos trabalhadores precários à apreciação da assembleia geral desta empresa multimunicipal”.

“Este compromisso foi colocado por escrito logo ao final do dia de segunda-feira e os trabalhadores decidiram suspender a paralisação e aguardar pela reunião de janeiro de 2023. Vamos esperar pela decisão que os trabalhadores da Multitrab necessitam”, vincou Cristina Torres.

A greve dos funcionários em regime de contrato de trabalho temporário – nos 12 concelhos do distrito de Bragança e no de Vila Nova de Foz Côa – cedidos pela empresa MULTITRAB à Resíduos do Nordeste, teve início às 00h00 da passada segunda-feira. Previa-se que terminasse às 23h59 de sábado e nas suas primeiras horas registou-se uma adesão de 99%.

Esta manifestação teve como obbjetivo reivindicar a sua admissão nos quadros da Resíduos do Nordeste, “por forma a garantir a manutenção dos seus postos de trabalho após o fim da concessão, que termina no próximo dia 31 dezembro”.

O sindicato requer “o aumento geral dos salários e de todas as prestações pecuniárias para todos os trabalhadores em 10%, no mínimo de 100 euros, para repor o poder de compra perdido nos últimos anos e a atualização da retribuição base mensal mínima na empresa para 850 euros mensais e o pagamento do subsídio de refeição para o valor de nove euros por dia”.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: Canal N/Arquivo

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