PSP não comenta alegada agressão, mas adianta que o indivíduo “teve um comportamento atípico com constantes provocações e injúrias” quando foi abordado por uma equipa.

O caso aconteceu, ao final da tarde, deste domingo. Carlos Fernandes, motorista de pesados, encontrava-se na sua residência, na Rua da República, em Mirandela, quendo foi abordado por agentes da PSP devido a uma denúncia de um vizinho de que estava munido de uma arma caçadeira que transportava numa bolsa.

No entanto, segundo Carlos Fernandes, a bolsa era de um taco de snooker que diz ter sido o utensílio utilizado pelo agente da PSP para a alegada agressão. “ Bateram-me à porta e sem me explicarem nada, levaram-me de arrojo, atiraram comigo pelas escadas. Algemaram-me, meteram-me dentro do carro, encheram-me de bastonadas e fui agredido com um taco de snooker que tinha em casa, pensando que era uma caçadeira”, conta.

Carlos Fernandes diz que só soube das razões que levaram os agentes da PSP a sua casa, depois de a sua mulher ter pedido satisfações na PSP de Bragança. “Disseram-lhe que foi uma queixa de um vizinho de que teria uma caçadeira, quando o que eu tinha em casa era um taco de bilhar na bolsa”, afirma Carlos Fernandes que ainda se deslocou ao hospital, algumas horas depois do sucedido. “Estou cheio de hematomas, da cabeça aos pés”, acrescenta, garantindo que vai apresentar queixa ao Ministério Público.

Confrontado com este caso, o comando da PSP do distrito de Bragança não se quis pronunciar sobre as alegadas agressões, confirmando “a detenção do indivíduo em causa resultante de um comportamento atípico para com o agente da PSP que o abordou, com constantes provocações e injúrias, nunca se conformando com as indicações que lhe eram dadas”, diz a PSP.

Ainda assim, o comando distrital da PSP adianta que irá proceder “a um inquérito interno para aferir da conduta dos profissionais de polícia neste caso concreto”.

O homem de 40 anos foi notificado para estar presente, esta segunda-feira, no tribunal judicial de Mirandela para primeiro interrogatório.

Jornalista: Fernando Pires

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