António Valente, professor e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), desenvolveu um dispositivo sensor preparado para antecipar alertas de ignições nas florestas, essencial na prevenção e combate dos fogos florestais. 

Este projeto, inserido nas atividades do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência – INESC TEC, de que a UTAD faz parte, assenta na conceção de um pequeno aparelho, tendo sido desenvolvido por António Valente, os “nós autónomos de senhorização”. 

Segundo o investigador, “os módulos de hardware que contêm sensores de temperatura, humidade, pressão atmosférica e de CO2 e que transmitem os dados através de uma rede sem fios LoRaWAN”. 

Ao ser detetada precocemente uma ignição, podem ser mobilizados mais cedo os meios de combate ao incêndio e minorados os seus danos. 

O dispositivo encontra-se já em fase experimental de aplicação simulada em territórios estratégicos. 

O mesmo dispositivo foi concebido igualmente para aplicações ligadas à agricultura. 

“A agricultura inteligente em geral, mas principalmente quando os campos agrícolas são muito heterogéneos, como é o caso da Região Demarcada do Douro, requer um grande número de sensores para obter um controle efetivo e, assim, aumentar a produtividade”, referiu António Valente. 

Trata-se de sensores de baixo custo , fáceis de instalar e de manter, podendo ser utilizados para medir diversos parâmetros ambientais.

Jornalista: Inês Carvalho 

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