A leitura do acórdão do julgamento sobre a morte do jovem cabo-verdiano Luís Giovani foi remarcado pelo tribunal de Bragança para dia 17 de fevereiro. A leitura ocorrerá três anos decorridos dos factos.

Depois de ter sido adiada em setembro devido a alterações dos factos descritos na acusação, a decisão do coletivo de juízes sobre a acusação de homicídio qualificado a sete jovens de Bragança tem agora data marcada para dia 17 de fevereiro às 14h00 no tribunal de Bragança.

As alterações levaram a que a defesa de um dos arguidos pedisse que fossem novamente ouvidos os três amigos que acompanhavam Giovani na madrugada de 21 de dezembro de 2019, noite que acabou por levar à sua morte dez dias depois.

Nessa noite Giovani foi encontrado caído na rua inconsciente e sozinho, com um traumatismo na cabeça.

Inicialmente os cabo-verdianos que acompanhavam Giovani disseram que este teria sido agredido com paus, cintos e a murro e pontapé por um grupo de portugueses.

Oito jovens estiveram em prisão preventiva e acusados de homicídio qualificado consumado em relação a Giovani, e de homicídio de forma tentada relativamente aos três amigos.

Na fase de instrução, pedida por alguns dos arguidos, um dos acusados foi retirado do processo e os outros sete continuaram indiciados pelo crime de homicídio qualificado consumado, mas viram a acusação atenuada para ofensas à integridade física em relação aos três ofendidos.

Os colegas de Giovani disseram em tribunal que a vítima foi espancada e prostrada no chão, no entanto o coletivo de juízes não ficaram convencidos com esta versão, isto porque o jovem apenas apresentava o traumatismo na cabeça e mais nenhum ferimento no resto do corpo.

Há uma questão que continua sem ter resposta: como é que os amigos perderam Luís Giovani? Este que foi encontrado sozinho por terceiros a alguns metros do local da rixa.

A discussão começou num bar da cidade de Bragança entre um dos cabo-verdianos e dois portugueses. O primeiro alegadamente meteu-se com as respetivas mulheres dos portugueses, o que teria dado início à situação.

Jornalista: Lara Torrado

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