Mais de 80% do efetivo operacional dos Bombeiros Voluntários de Mirandela assinou uma carta aberta onde manifesta “apoio total e incondicional” ao atual comandante da corporação, Luís Soares.
A posição surge em resposta à recente polémica que envolveu o nome do responsável, após ter sido conhecido um despacho do Ministério Público que o inclui numa acusação por alegados crimes de peculato, abuso de poder e falsificação de documentos, num processo que remonta ao tempo em que era adjunto do então comandante Edgar Trigo.
A carta, subscrita por 61 dos 74 elementos da corporação, rejeita as pressões públicas e políticas que têm vindo a pedir a demissão de Luís Soares e refuta a ideia de que existam problemas internos na estrutura. “Toda a unidade está em pleno funcionamento”, garantem, sublinhando o “compromisso inquebrável com a população”.
Os bombeiros deixam ainda críticas a intervenções externas que consideram desestabilizadoras: “Repudiamos qualquer tentativa de criar instabilidade por parte de quem não contribui para o socorro dos mirandelenses.”
A nota enviada à comunicação social vinca a confiança no trabalho do atual comandante, elogiando a sua “dedicação exemplar”, a “liderança forte” e o “compromisso com a segurança da comunidade”.
Num apelo à tranquilidade, os signatários concluem: “Continuamos unidos no propósito de servir Mirandela, trabalhando incansavelmente em defesa do lema ‘vida por vida’.” E deixam um aviso: “Que esta instituição não seja usada para outros propósitos.”
A Redação
