O mau tempo e as trovoadas têm deixado um “rasto de destruição” um pouco por todo o território. Desde deslizamento de terras, a queda de muros, passando pelo alagamento de culturas e estradas.

A chuva intensa, acompanhada com granizo, deixou a aldeia de Cortiços, no concelho de Macedo de Cavaleiros, destruída. Esta aldeia, tal como a de Carrapatas, foi alvo de uma trovoada seguida de chuva intensa que, de acordo com o vereador Paulo Rogão, em declarações à agência Lusa, provocou “a destruição total de arruamentos, redes de saneamentos, deixaram infraestruturas à vista, derrubaram muros, deixaram estradas e caminhos intransitáveis e inundaram habitações”.

A aldeia do Cachão, em Mirandela, é apenas mais um dos vários exemplos de desastre. O muro de um campo agrícola acabou por colapsar na sequência da chuva intensa que se tem registado nos últimos dias. O terreno acumulou a água junto a uma das laterais do muro, que não aguentou a pressão e acabou por rebentar.

Na lista de vítimas da meteorologia está, também, a castanha de Vinhais e a maça de Carrazeda de Ansiães. Vinhais é um dos concelhos de Trás-os-Montes que mais produz e o autarca, Luís Fernandes, acredita que haja estragos que rondem uns “milhares de euros”. No que toca a Carrazeda de Ansiães, estima-se que cerca de 60% da área de produção da maça tenha sido afetada.

De relembrar que, o distrito de Bragança pertenceu à lista de sete distritos que, no domingo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou sob aviso amarelo devido à previsão de chuva e trovoada.

Desta forma, o IPMA previa a ocorrência de aguaceiros “por vezes fortes e que poderão ser ocasionalmente de granizo e acompanhados de rajadas fortes de vento” e trovoadas frequentes e dispersas.

De acordo com o sistema de avisos meteorológicos, o aviso amarelo é o menos grave e corresponde a uma “situação9 de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica”.

Dentro do sistema de avisos existem mais três escalas, o aviso laranja, o vermelho, este último que corresponde à escala mais grave, e o verde que indica a ausência de previsão de uma situação meteorológica de risco.

Está, ainda, prevista a chega da depressão Óscar, tempestade que tem massacrado a Ilha da Madeira nos últimos dias, a Portugal Continental a partir do final do dia de hoje.

Em declarações à SIC, Jorge Ponte, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a depressão Óscar “vai chegar ao continente a partir do final de terça-feira” no entanto, acrescenta que “a precipitação será muito menor” do que aquela que foi registada na Madeira.

O especialista referiu ainda que, na quinta-feira, o norte e centro do pais vai registar precipitação mais forte e, por vezes, acompanhada por trovoada. É possível que sejam emitidos alguns avisos para alguns distritos. No entanto, não está previsto um aviso de nível tão gravoso como aquele que está para a Madeira”.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: Arquivo/Canal N

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