A Direção-Geral de Saúde já divulgou os dados da incidência cumulativa por concelhos dos casos de Covid-19 sobre os quais o Governo se baseou para definir os quatro escalões do mapa de risco que vão estar sujeitos a diversas restrições nos próximos 15 dias.

Convém esclarecer que o critério não está relacionado com o número de casos ativos, mas antes o número de novos casos em 14 dias, neste caso entre os dias 19 de novembro e 2 de dezembro, independentemente do número de recuperados que os concelhos possam ter acumulado.

O Governo baseia-se na avaliação dos casos por cem mil habitantes, mas para melhor compreensão, vamos conferir os números reais tendo em conta a população de cada concelho do distrito de Bragança.

Tal como aconteceu nas duas análises anteriores dos concelhos em risco, no distrito de Bragança, o concelho de Freixo de Espada à Cinta foi o que registou o maior número de casos por 100 mil habitantes e continua no lote de concelhos com risco extremamente elevado de contágio de Covid-19.

De 19 de novembro a 2 de dezembro, teve 2153 casos acumulados, ou seja, nesses 14 dias registou 71 casos novos, quando só poderia ter um máximo de 32 para não constar no escalão mais grave.

Macedo de Cavaleiros também passa a integrar os concelhos de risco extremo, ao ter acumulado, em 14 dias, 141 novos casos, mais um do que o máximo fixado para continuar no escalão de risco muito elevado.

Em sentido inverso, Alfândega da Fé baixou de risco extremo para muito elevado, já que de 19 de novembro a 2 de dezembro registou 40 novos casos, menos 4 do que o máximo fixado para não constar no escalão mais grave.

Vimioso e Miranda do Douro foram os dois concelhos do distrito que subiram do escalão de elevado para muito elevado e viram agravar as medidas de restrição, passando a ter recolher obrigatório nos próximos dois fins-de-semana, a partir das 13 horas. 

Miranda do Douro só podia ter o máximo de 34 novos casos, em 14 dias, mas somou 61 ficando apenas a 7 de subir diretamente para o escalão de risco extremo.

Já Vimioso, acumulou 32 casos novos em 14 dias, quando para se manter no escalão elevado só podia ter registado, no máximo, 20 casos.

Os concelhos de Bragança, Mirandela, Torre de Moncorvo mantiveram-se no escalão de risco muito elevado. Bragança somou, em 14 dias, 254 novos casos, bem acima dos 161 que tem como patamar máximo para baixar para o escalão inferior e deixar de ter, por exemplo, recolher obrigatório aos fins-de-semana, depois da uma da tarde.

Mirandela registou de 19 de novembro a 2 de dezembro, um total de 136 novos casos, mais 31 do que o máximo do escalão inferior. Finalmente, Torre de Moncorvo volta a figurar no grupo dos concelhos em risco muito elevado por ter acumulado 57 novos casos em 14 dias, quando para ficar no escalão inferior só podia somar 38.

No escalão de risco elevado estão os concelhos de Mogadouro e Vinhais, que têm como maior restrição o recolher obrigatório durante a semana a partir das 23 horas. Mogadouro desceu do risco muito elevado, dado que, em 14 dias, registou um total de 25 novos casos, bem abaixo dos 42, número limite para este escalão.

Já o concelho de Vinhais manteve-se com os 27 casos novos registados, menos 11 do que o limite para não subir de escalão.

Sem mexidas, estão os concelhos de Vila Flor e Carrazeda de Ansiães que são os únicos do distrito que aparecem na listagem dos concelhos de risco moderado de contágio da Covid-19 e que não têm sequer de cumprir o recolher obrigatório durante a semana.

Vila Flor teve um acumulado de 8 casos em 14 dias, ficando a 7 do máximo deste escalão e Carrazeda de Ansiães registou 5 novos casos de 19 de novembro a 2 de dezembro, quando o limite máximo permitido era de 14 novos casos. 

A reavaliação dos casos por concelho deverá acontecer na próxima semana.

Jornalista: Fernando Pires 

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