O pintor e professor transmontano somou mais de 30 prémios e distinções. O presidente da República já lamentou a morte, na passada quinta-feira, e recordou o “espírito criativo e persistente” de Gil Teixeira Lopes.

“Gil Teixeira Lopes distinguiu-se como artista plástico em diversas vertentes criativas, da pintura à escultura e, muito em particular, na gravura. A sua obra artística valeu-lhe o reconhecimento e diversos prémios de grande prestígio internacional, bem como a presença em muitas exposições e coleções de enorme relevo internacional”, lê-se numa nota de pesar publicada na página online da Presidência da República.

No texto Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que “Gil Teixeira Lopes foi também um ilustre professor, tendo-se formado na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, da qual era professor catedrático jubilado após uma intensa e rica carreira no ensino das artes plásticas” e “era membro honorário da Academia Nacional de Belas-Artes”.

Nascido em Mirandela, em 1936, fez os estudos artísticos iniciais na Casa Pia de Lisboa e depois foi bolseiro da Academia Nacional de Belas-Artes e da Fundação Calouste Gulbenkian em Espanha, França, Itália e Inglaterra.

De acordo com uma nota biográfica da Faculdade Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o artista plástico somou dezenas de prémios, nomeadamente na Bienal de Florença de 1970 e 1972, na Bienal de Cracóvia de 1971, na Bienal de Seul de 1972, na Bienal de S. Paulo em 1973, na Bienal da Noruega em 1972, 1984 e 1986, e na Bienal do México em 1980.

A sua obra está representada em coleções nacionais e estrangeiras, como as da Fundação Calouste Gulbenkian, da Biblioteca Nacional de Paris, em França, do Museu do Vaticano, em Itália, do Museu do Bronx em Nova Iorque, da Biblioteca do Congresso em Washington, os Estados Unidos, e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no Brasil.

Foi também membro interveniente da Gravura (Cooperativa dos Gravadores Portugueses), da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Academia Nacional de Belas Artes, integrando inúmeros júris em Portugal e no estrangeiro.

Além da comenda da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, Teixeira Lopes, recebeu em 1987 do então Presidente da República, Mário Soares, o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Jornalista: Rita Teixeira
Foto: Orlando Almeida / Global Imagens

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